Spin Off de ANAYA
A única coisa que Zahara procurava ao se mudar de Dallas, era recomeçar.
Já fora uma mulher ferida, quebrada, sem grandes sonhos, com apenas um único objetivo: Destruir as pessoas responsáveis por a terem ma...
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Me despedi de Damien, quando a viatura já não estava ao alcance das minhas vistas, tirei as sandálias. — Andar rápido de saltos altos era um combinação perigosa. — Corri até os portões. Para minha surpresa, a minha entrada não tinha sido barrada. Eram oito e meia de uma manhã de sábado ensolarado, e não via os empregados, há essa hora eles já estariam envoltos aos seus afazeres. Entrei em pânico e comecei a correr mais rápido, ainda faltavam alguns metros para chegar na casa principal.
Logo ao entrar, dei uma rápida olhada na sala de jantar e vejo a mesa do café da manhã desarrumada.
Eles tomaram o café. — isso significa que ainda devem estar aqui.
Me dirigi as escadas, subindo os degraus saltando dois a dois. Fui para o quarto de Amara, a cama estava feita e não havia sinais da minha filha.
O que eu vou fazer?
Desci os degraus novamente e então ouço vozes vindas do escritório.
— Faremos mais algumas sessões dessas, serão de vinte a trinta minutos. Mas isso pode acontecer no seu escritório ou na escola da menina. — era uma mulher de meia idade com uns óculos maiores que a própria cara. Usava umas calças sociais castanhas, camisa cor de rosa às riscas e alpercatas castanhas.
A mesma olha para mim, dos pés a cabeça. Eu ainda estava parada no início das escadas, com o vestido e cabelos amassados, descalça e com uma cara de quem perdeu a noite bebendo.
E eu nem costumava beber.
Amara que estava de mãos dadas ao pai, solto-se e correu para mim. Agachei-me e depositei vários beijinhos no seu rosto. Ela estava linda, usava um conjunto moletom calças e camisola azul marinho e tênis branco.
— Desculpa meu amor. Eu não queria demorar.... — falo encarando Justin. Ele sorri de lado, como se há horas atrás não tivesse me ameaçado. Parecia esforçado mas estava sorrindo.
— Dra. Cristina, apresento-lhe a mãe da minha filha. — ele fala. A Dra. faz menção de estender a sua mão. — Zahara, a Dra. Cristina é advogada, mas está aqui como assistente social. Veio a pedido do tribunal. — senti meu joelho enfraquecer e chão fugir do lugar.
Por isso eles ainda estavam aqui. Ele já devia saber que a assistente social viria.
— Porquê não me avisou que teríamos visita? — pergunto fazendo um esforço para não mostrar o quão nervosa aquela informação me deixou.