O Grito

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Era uma manhã calma, todos despertaram cedo para ir a ilha, Arraial do cabo, o lugar preferido dos gêmeos em todo o Rio de Janeiro.
-Não posso acreditar que fui arrancada da cama tão cedo, por vocês criaturas desprezíveis.
Disse Luisa ainda tentando despertar.

-Não temos tempo para o seu humor Ácido hoje, o tempo está ótimo, e vamos passear.
Lyndsay estava realizada.

-Achei que ela ia começar a cantar, sabe uma coisa bem la lá land.
Nicolas fez graça como sempre.

- O que tem de tão especial nesse lugar?
Blaise parecia compartilhar do humor de Luisa.

- Não sei, só me parece um lugar onde muita magia se concentra.
Nicolas respondeu.

-É uma ilha como todas as outras.
Amora falou. -Até parece que nunca estiveram em uma praia.

-Certamente não com essa quantidade de sol que está provir. Draco falou enquanto recebia camadas e mais camadas de protetor solar sendo aplicado por Luisa.

O Avô Tupari entrou pela sala com seu sorriso largo de sempre, parecia estar acordado a horas.
-Pedi que Carolina acompanhe vocês, mas ela se recusou, assim como Regina então meus caros vocês serão responsáveis por si mesmos hoje. Se cuidem e não usem magia.
Ele pegou um xicara de café e saiu cantarolando.

Usando biribinha eles chegaram até a ilha, onde tiveram que escolher um barco.

-Eu não sei nadar.
Gritou Lyndsay em completo desespero.

-Por isso o barco.
Respondeu Amora.

-Grossa.
Lyndsay resmungou.

Já no barco, Lyndsay começou a relaxar enquanto Nicolas se divertia a cada onda batendo e a cara dela entrando em pânico, a música estava alta, Zabini curtindo o passeio e a brisa do mar, logo a prainhas do atalaia já podiam ser vistas, e sua grande escadaria.

-Eu vou tomar sol.
Amora desceu do barco já procurando um local para se esticar.

-Vou te acompanhar.
Lyndsay sentou-se ao seu lado.

-Nos vamos ficar na água um pouco.
Zabini e Nicolas estavam parecendo duas crianças na água.

-Precisamos aproveitar antes do sol ficar forte, ou o Draco vai ficar torrado.
Luisa e Malfoy foram caminhar na beira da água, aos poucos os dois começaram a se assumir como casal, em momentos esqueciam das pessoas ao redor e ficavam de mãos dadas.

-Quanto tempo para eles admitirem que se gostam?
Lyndsay indagou Amora.

-Não sei, eles tem essa vibe de casal sofredor bem romeo e Julieta.
Amora fez graça. - Já o Nick se apaixona e esquece da vida e dos problemas.

-As vezes acho que o professor Tupari sabe muita coisa sobre o futuro e não nos conta, ele cuida de cada detalhe.
Lyndsay deitou-se na arreia.

-Ele sempre esconde o jogo minha cara.
Amora foi interrompida por Nicolas que se sacudiu como um cachorro sobre ela.

-Para você ficar fresca linda!
Ele sorriu com sua cara de travesso.

O dia dos jovens foi mais que perfeito parecendo aqueles filmes onde tudo acaba em um dia de verão.
Na volta todos o barcos tem um hábito de parar no meio do mar e deixar que as pessoas nadem em mar aberto por algum tempo.

Naturalmente Luisa e Nicolas foram os primeiros a pular, afinal foram criados nadando em todos os lugares, Lyndsay se manteve no barco com amora, Draco e Zabini foram para água relutantes.

-Vou subir e me secar, além do que o senhor Malfoy já está mais que vermelho.
Luisa subiu de volta e foi lavar o rosto com água doce, já que o mar desse região costumar ter a água um pouco mais salgada que o restante do Rio de Janeiro.
Draco parecia um cachorrinho atrás.

Logo foi comunicado para que todos voltassem, Zabini procurou por Nicolas.

-Olha Lu, o Nick as vezes não sabe a hora de parar de brincar, ele não está no barco nem no mar.

-Como assim, ele estava na água agora mesmo.
Ela respondeu indo até a ponta procurar o irmão.

A movimentação de todos ficou agitada, ninguém sabia onde Nicolas estava, Luisa sentiu seu coração acelerar como se o irmão corresse perigo.

-Ele deve estar escondido em algum lugar, o Nick sabe nadar.
Amora não estava levando a sério.

Então ouvi-se um grito.
-Luisa!
O que parecia ser a voz de Nicolas.

Luisa se jogou na água sem nem pensar, começou a nadar na direção da voz, rapidamente a voz mudou de lugar.

-Me ajuda!
Ouviu-se outro grito, Zabini e Draco também foram para água.
Lyndsay tentava lembrar feitiços para ajudar a eles.

Nada fazia sentido, a voz de Nicolas mudava de lugar, fazendo a todos ficarem com medo, nada nenhum sinal do rapaz, Luisa já estava sem respirar, ela costumava perder o controle sempre que tinha que lidar com o medo.
Completamente transtornada ela encontrou o irmão, sendo arrastado pelos cabelos por um pescador local.

Os gritos, parecia que sua magia foi drenada, Nicolas não conseguia reagir, ou realizar qualquer feitiço.
Só então Amora percebeu o que estava acontecendo.

-Não é um pescador é um caçador de feiticeiros.
Amora gritou.

Luisa reuniu todas as suas forças, finalmente alcançado os dois, Nicolas parecia abatido.

-Não esperava encontrar tantos jovens tão especiais por aqui, nossa ilha não gosta de gente como vocês.
O homem sujo então cuspiu em Luísa.

Que seguiu calada olhando nos olhos do homem.

-Sabe o que fazemos com gente da sua raça por aqui, esfolamos ainda vivos.
Ele segui dizendo.

Os olhos de Luisa ficaram brancos, sem o uso de palavras atirou o homem longe.

-Nick você está bem?
Ela perguntou

-Estou acho que ele me drenou.
Ele respondeu.

Uma adaga então foi cravada pelo caçador nas costas de Nicolas e de todos os cantos do Rio de Janeiro pode se ouvir o grito de dor e desespero de Luisa.

Save me  - Do Brasil  para  HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora