Capítulo 11

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Stuart chegou no condomínio lotada de sacolas, na volta do serviço passou pelo supermercado e comprou os suplementos para abby, a garotinha só consumia leite especial e a fórmula tinha mudado. Por conta disso o preço aumentou o dobro, custando toda economia do mês de coraline. Se precisasse teria que pegar o dinheiro da sua conta bancária, mas pensava futuramente usar o dinheiro para construir seu negócio próprio e comprar uma casa. Não se preocupava com dividas, pois tinha uma conta gorda. Porém não pretendia mexer tão cedo. Além do mais, o trabalho de perita estava lhe oferecendo um salário de 9.000,00 então viveria tranquilamente e jamais deixaria faltar algo para sua filha. No entanto ajudava a amiga nas despesas, o apartamento era luxuoso todo mês tinha que pagar o gasto do condomínio e também o salário do porteiro. Sem contar que ainda estava pagando as parcelas do carro zero que financiou. Na semana que vem, abby realizaria seus um ano de idade e coraline já estava organizando os papéis para a garotinha entrar em uma creche particular. Por isso estava uma loucura, e com a chegada de jones, só fez as coisas ficarem mais complicadas. Ele era astuto e ardiloso, sabia que através de trapaças e ameaças stuart se submeteria novamente debaixo de sua guarda. Coraline estava tentando entender a mente dele, ela não conseguia assimilar o motivo pelo qual ele desejava tanto tê-la. Ela não sentia-se uma mulher especial ou diferente, tinha muitas iguais ou melhores do que ela. Sem contar que ele era um cara lindo de tirar o fôlego, não precisava ficar implorando atenção ou afeto dela.

Por outro lado, Jones sentia-se frustrado. Olhava aqueles papéis ridículos com tamanha fúria e praguejava a delegacia inteira. Tinha vários casos para resolver e mil papeladas, mas sua mente estava o tempo inteiro pensando na mulher de cabelos curtos e nariz empinado. Queria que stuart estivesse ali, ficou chocado com a coragem que ela tinha. Jamais ouviu uma mulher te colocar para baixo e sair ilesa sem encontrar-se em uma vala rasa e fria. Admirava stuart conseguir chegar tão longe, pois ela era sarcástica e uma linguaruda. Só queria saber o motivo pelo qual ainda não tinha matado-a,ela tirava ele dos trilhos e mesmo assim quando a via se comportava como um cachorrinho.

Olhou para a foto da jovem e sorriu, gostou de ver a ficha de óbito daquela moça. Soube no exato momento que seu amigo e confidente tinha feito um ótimo trabalho em ter acabado com a vida daquela cadela. Peter nunca errava, sempre era o cara decidido e frio. Se jones pedisse para ele matar a própria mãe ou irmã, Johnson executaria sem pensar duas vezes. As coisas sempre foram assim, jones ordenava e ele obedecia. James Jones o considerava como um irmão, nunca se importou com as pessoas antes mas coraline e peter estavam derramando grandes dúvidas em sua mente.

- delegado? - olhou para a porta e encontrou o seu velho e único amigo.- não sabia que você poderia ficar mais arrogante e esnobe em uma simples cadeira.

- hoje você acordou cheio de gracinhas né.- Jones olhou para o loiro e sorriu. Viu o Johnson todo arrumado e sem a costumeira roupa encharcada de sangue ou os cabelos dourados todo suado e bagunçado pela chacina. - o que está fazendo aqui?

- até onde sei, sou da polícia também - se jogou no sofá que tinha no canto da sala, pegou um cigarro e colocou nos lábios, fechou completamente os olhos e relaxou-se.

- não me diga ! Eu sei, mas você é do FBI... Não deveria está aqui passeando ou relaxando sua bunda magra no meu sofá. - Peter gargalhou e olhou com divertimento para o chefe. Eles eram tão amigos, que a maioria das vezes Johnson nem escutava as palavras do parceiro. Desde o início dessa amizade, peter confiou totalmente no jones. Não porque ele fosse confiável ou gentil, mas porque ele nunca falhava e isso fez conquistar completamente o respeito e a admiração do loiro. Jones nunca voltava atrás, se ele determinasse uma coisa seria aquilo e sua palavra sempre era mais importante do que qualquer coisa. - nesse momento estou sem paciência, então diga logo e vaze imediatamente da minha sala garoto.

- não é como se você fosse um maracujá né, está sempre irritado e estressado.- Jones bufou e revirou os olhos - ok ok, então... Estamos com problemas na sede, tem pessoas infiltradas descobrindo dados e arquivos importantes da nossa comunidade. Já comuniquei a nossa organização, mas aí que entra o problema- desviou os olhos e tragou a fumaça da nicotina.- está rolando uma nova  investigação em reno e estão querendo fuçar no seu passado. A nossa querida investigadora infiltrada lá em nevada me telefonou nessa manhã. Marina disse que o investigador hughes pegou o caso dos seus pais e leu umas linhas do arquivo e imediatamente viu algo que o intrigou. A Srta. Wood disse que tentou questiona-lo e tirar alguma informação. Mas ele se trancou em sua sala e ficou por horas lá.

- deixa ele - começou a mandar mensagem para Stuart e estudou a foto dela no perfil de sua rede social. Admirou aquela mulher, ela era tão linda e fascinante. Já estava com saudades das chamas que acendia quando os dois se encontrava.- já se passou muitos anos, meus pais estão há décadas mortos. Nem existe mais possibilidade de encontrar algo no organismo deles, pois nem acha-se corpos. Então nem vou perder meu tempo com aquele intrometido.

- Parceiro...Você não está entendendo- peter começou a ficar agitado, tomou impulso do sofá e se levantou rapidamente.- ele pode descobrir sobre ela! É possível ele encontrar a caixa e tudo estará arruinado. - Jones estava com uma expressão indescritível no rosto, pegou outro dos seus mil charutos e colocou no lábio.- se isso vazar na mídia, ela nunca te perdoará e estaremos completamente condenados. - Jones passou as mãos nos cabelos e começou a sentir a fúria e angústia te dominar. Não conseguia controlar seus nervos, queria estourar os miolos de um certo investigador. Sabia que aquele homem se arrependeria de ter se intrometido nos seus negócios, torturaria ele da forma mais cruel e desumana. Aquela bendita caixa tinha segredos sombrios, jamais poderia deixar alguém olhar e descobrir os podres que incluía naquele simples objeto.

- Que falta de sorte! Quero a cabeça daquele bendito para ontem!- pegou seu celular e começou a mandar mensagem para sua amada.- Faça uma arruaça, pegue as pessoas que ele mais ame e degole, exerça a função dele assistir. Depois corte o pescoço dele e me traga a cabeça. Coloque os melhores homens nessa missão.

Se o Sr. Hughes queria chacina, ele teria. Jones estava disposto a ir até o inferno, mas jamais deixaria aquela caixa cair nas mãos erradas e perder para sempre coraline. Soube desde o início que não estava seguro, que a qualquer momento seus segredos estaria em cima da mesa sendo servidos. Mas não poderia abrir mão de stuart, ela era sua luz e mesmo sendo estragado e sem solução quando olhava para ela, via esperança. Se perdesse isso, estava eternamente sentenciado ao abismo.




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Boa tarde meu povo
Mais um capítulo disponível
Espero que estejam gostando da história
Tenha uma ótima semana
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