Observei os adolescentes saindo lentamente do campo enquanto permanecia sentada, imóvel. Quando fiquei sozinha, retornei ao prédio da NNC, ciente de que algo havia acontecido, conforme Kara mencionara. Ao entrar, surpreendeu-me o vazio. O habitual movimento e murmúrios ausentes, substituídos por um silêncio perturbador. Busquei por alguém, em vão.
Intuindo que o mistério envolvia o projeto, decidi localizar a elusiva sala "001". Após vasculhar o prédio, frustrantemente, não a encontrava.
"010, 004, 009..."
Nada da sala 001. Contudo, uma porta sem número chamou minha atenção. Apesar de hesitar, minha curiosidade prevaleceu. Abri a porta silenciosamente, revelando uma sala aparentemente comum. A decepção inicial dissipou quando notei outra porta no canto da sala. 001.
Bingo...
Um sorriso orgulhoso surgiu ao encontrar a sala desejada. Agora, só precisava entrar. Ao abrir a porta, deparei-me com escadas, luzes vermelhas piscando como um alarme. Descenti nervosamente.
── Samuel, você está bem? ── inquiriu uma voz feminina do fim da escadaria. ── Merda, ele não responde.
── Que droga. ── lamentou uma voz masculina. ── Ele está infectado?
── Não sabemos, não encontramos sinal do fungo nele.
── Droga. ── suspirou de frustração. ── Não podemos deixar se espalhar, ok? Não sabemos o perigo disso.
A voz de Alex ecoou. Passos subindo a escada indicaram a chegada de alguém, fazendo-me congelar. Percebi a urgência de sair. Ao tentar, um tropeção revelou minha presença. Irritada, soquei o chão, sendo surpreendida por uma mão em meu ombro.
── Lilith?
Meu corpo congelou, antecipando a identidade da voz. Virei levemente a cabeça, mãos tremendo.
── Você é muito curiosa, Lilith. Deveria estar no seu dormitório.