Capítulo 13

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       • 1998, reno nevada

A mulher de cabelos negros e rosto angelical arrumava as roupas do garoto em seu sofá marrom claro, minutos antes enxugava as lágrimas salgadas que escorria dos olhos escuros do menino. Ela sabia que o pequeno passava por coisas horríveis, mas não poderia interferir afinal eles eram seus amigos e não tinha direito de se intrometer na educação do menino. No carrinho ao seu lado estava a bebê mais linda do mundo, com seus olhinhos brilhantes e bochechas fardas. Ela admirava o garotinho, vez ou outra sorria e soltava alguns resmungos.

- ela é tão linda- soltou com amor e carinho o menino tocando nas mãozinhas da neném. Já se passava das 19h e o lugar se encontrava escuro, a única coisa que dava para enxergar era a luz da rua e os pisca-pisca da enorme árvore de natal no meio da sala. - titia, eu não quero voltar para lá... A mamãe vai me machucar de novo.

- você não precisa- pegou ele no colo e fez uma leve carícia no rosto juvenil do menininho. - não precisa nunca mais voltar para lá... Podemos ser uma família!

- sério titia?

- sim- colocou ele novamente no sofá e aproximou o carrinho do menino. Chegou mais perto da garotinha e trouxe para seus braços. - mas você precisa me prometer que cuidará dela. Não importa o que aconteça, você estará lá por ela. - entregou a bebê para o garotinho triste, viu ele transferindo um beijo na testa da criança e sorrir. Aquele garotinho era como um filho para si, quebrava seu coração ver os machucados e os soluços cortando a garganta do pequeno. Desejava nunca ter conhecido aquelas pessoas, nunca imaginou fazer parte de uma organização e muito menos sair destruindo lares e machucando as pessoas. Mas eles nasceram em um ambiente assim, isso acontece de gerações e jamais pensou em abandonar o legado de seus pais e ancestrais. Mesmo que futuramente deixasse a filha órfã.

- como ela se chama?

- é segredo! Você não pode contar para ninguém - abaixou-se na altura do menino e sussurrou.- coraline angelle laviolette, mas não posso deixar as pessoas descobrirem minhas raízes entende ?- o garotinho concordou com a cabeça, mas no fundo a mulher sabia que ele era uma criança ingênua e jamais saberia o que ela tanto escondia por trás do seu belo e gentil sorriso- então será apenas coraline stuart... Minha única e preciosa herdeira.

- você é uma princesa titia ?

A mulher sorriu sincera e abraçou com amor o garotinho, o rosto do menino ganhou uma cor rosada e com um simples gesto abaixou o olhar com vergonha. Mesmo assim continuou observando a bebê em seu colo.

- não meu querido... Faço parte de uma coisa bem maior do que isso.E no futuro você também fará, em suas veias corre sangue Jones. Talvez você não entenda agora, mas daqui alguns anos tudo estará esclarecido. - o garoto olhou para mulher com dúvidas, não fazia idéia das palavras que a mulher proferiu. Mas sentiu um pouco de paz no seu interior conturbado e solitário. - vocês dois são a esperança...

      
          • dias atuais •

Stuart ajudava caroline com as papeladas, de vez em quando jones passava pelo corredor largo e mandava beijos e gestos esquisitos para coraline. Todas as vezes ela ignorava e agia como se nem conhecesse o homem. Ultimamente ele estava com muitas gracinhas e stuart sabia que isso poderia acabar mal. Afinal, Jones é perverso e cruel não tem empatia e nem compaixão. Só ficava preocupada com as pessoas ao redor dele, pois um passo falso e tudo explodiria sem sombra de dúvidas.

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