Capítulo 29

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Ana

— Essa é a última. — Eu desabei no meu novo sofá na tarde de domingo depois de esmagar a última caixa que desembalamos. Levamos dois dias para Kathe e eu encontrarmos um lugar para tudo que havia sido entregue do meu depósito para o meu novo apartamento, que era uma fração do tamanho do lugar de onde me mudei.

— Você sabe, há um ótimo bar de solteiros no quarteirão. Fui algumas vezes antes de conhecer Elliot — disse minha irmã.

Eu bebi o resto de uma garrafa de água. — Eu tenho zero interesse em namorar por muito tempo.

Kathe franziu a testa. Eu disse a ela o que tinha acontecido entre mim e Christian na semana passada. — Eu sei, mas geralmente é quando você conhece alguém. Conheci Elliot menos de uma semana depois que Michael e eu terminamos, lembra?

José e eu estávamos juntos há anos e estávamos noivos,mas eu não achava que seria tão fácil superar Christian como foi com ele. Isso me fez perceber que o tempo juntos não importava.
Algumas pessoas simplesmente penetravam mais fundo em seu coração.

Eu balancei minha cabeça. — Seria mais fácil seguir em frente se eu entendesse o que aconteceu.

— Parece-me que ele viu aquela garotinha, e isso o lembrou do que ele não queria: compromisso e relacionamento.

Claro, isso era perfeitamente possível, mas eu não pensava assim. — Não sei. Mas acho que vou começar a procurar outro emprego.

— O quê? Você ama seu novo emprego.

— De fato. Mas eu reabro uma ferida toda vez que o vejo no corredor ou passo por seu escritório. E metade das minhas sessões envolvem falar sobre ele. — Suspirei. —Estou apaixonada por ele,Kathe.

Ela sorriu tristemente. — Eu sei que você está.

Minha campainha tocou. — É o Elliot? Achei que ele viria buscá-la mais tarde esta noite?

Minha irmã deu de ombros. — Ele virá. Ele foi para o escritório por algumas horas.

Não era meu cunhado na porta quando a abri. Em vez disso, era um cara de uniforme segurando uma prancheta. — Estou aqui para instalar o alarme.

— Acho que você está no apartamento errado. — Eu balancei minha cabeça. — Eu não pedi um alarme.

— Oh, desculpe. — Ele levantou uma página em sua papelada.

— É para uma Ana Steele. Por acaso você sabe em que andar ela mora?Apertei o único botão que não estava rotulado.

Meu rosto enrugou. — Eu sou Ana Steele. Mas não
encomendei um sistema de alarme.

O cara parecia tão confuso quanto eu. Ele folheou mais de seus papéis. — Bem, aqui diz que alguém pagou antecipadamente pela instalação e um contrato de três anos.

Então me atingiu. Christian foi inflexível que eu tivesse um alarme. Ele poderia ter pedido antes de terminarmos. — Você pode me dizer quem encomendou?

— O pagamento foi feito com cartão de crédito. A maioria dos pedidos são feitos por telefone, então o escritório só me dá o recibo para entregar ao proprietário quando eu fizer o trabalho.

— Você poderia me dizer o nome no cartão?

Ele escaneou mais papéis antes de puxar um de sua prancheta e me entregar. — Parece que foi pago por um Christian Grey.

Olhei para baixo. A quantia era chocante. — Quarenta e três mil dólares?

Ele encolheu os ombros. — Ele comprou todos os sinos e assobios, segurança de janela, portas, até dois botões de pânico que chamam a polícia silenciosamente em caso de emergência.

O ChefeWhere stories live. Discover now