cap. 25

813 111 42
                                    

Para Louis, sua parte favorita do apartamento eram as paredes de vidro. Como tratava-se de um duplex, o pé direito da sala de estar estendia-se até o segundo andar. Na biblioteca era assim também e ele era fascinado pelos dias nublados, onde sentia-se dentro de uma nuvem.

Quando criança, Louis sempre teve aquele desejo de tocar uma nuvem — apenas porque disseram a ele que era impossível. Em dias como esse, quando estava ridiculamente nublado, ele saia na sacada do quarto e esticava sua mão, na neblina, e sorria com a fantasia de estar tocando as nuvens.

O prédio era tão alto que talvez fossem mesmo.

Os quartos ficavam no primeiro andar, junto com a cozinha e sala de jantar, no segundo tinha a academia (que Louis estava frequentando, apenas porque seu namorado pediu e era difícil dizer não no final das contas nem foi tão ruim, para ser sincero), a piscina, a sauna e uma segunda cozinha, ao ar livre. Algumas pessoas diriam que era grande demais para duas pessoas, mas Louis discordava.

Talvez ele seja suspeito para falar, uma vez que aquele lugar foi onde ele se sentiu em casa pela primeira vez.

— Bom dia, Paixão — murmura seu namorado com a voz rouca, entrando na cozinha.

Ok, tudo bem, Louis admite; sentir-se em casa não tinha muito a ver com ter seu próprio espaço, e sim com a pessoa com quem ele dividia isso.

— Meias — responde ele sem levantar os olhos das frutas que estavam cortando.

Ele escuta seu namorado suspirar pesadamente antes de deixar a cozinha. Minutos depois Harry volta.

— Bom dia, meu amor — cumprimentou Louis virando-se para o namorado com um sorriso.

— Você sabe ser chato às vezes — responde Harry sentando-se de frente para ele, no balcão que ficava no meio da cozinha.

Os dois raramente tomavam café da manhã na sala de jantar, apenas para poupar o trabalho de levar tudo para lá e depois de volta para a cozinha.

— E você irresponsável, não é bom tomar friagem nos pés — retruca Louis jogando granola por cima das frutas e entregando a tigela ao namorado.

— Você acordou muito cedo — observa Harry antes de começar a comer.

Na noite passada, Louis se deitou pouco depois das oito, porque sabia que iria demorar para pegar no sono. Minutos depois, Harry apareceu.

— Vou te ajudar a relaxar — prometeu seu namorado antes de começar a tirar suas roupas.

O sexo ajudou um pouco, se estendendo nas preliminares e fodendo seu namorado sem pressa, quando foram tomar banho, Harry encheu a banheira e eles transaram novamente.

A segunda vez foi mais dura, rápida e eufórica. Louis precisou carregar Harry de volta para cama, onde se deitaram sem se vestir. Seu namorado dormiu minutos depois, ele demorou um pouco, mas eventualmente dormiu também.

Quando acordou as cinco da manhã, Louis até tentou dormir novamente, mas ele estava ansioso para se trocar, ansioso para entrar na livraria e ver seus livros sendo vendidos.

Depois de catorzes meses morando nos Estados Unidos, seu primeiro livro finalmente estaria disponível para as pessoas lerem. Hoje seria um dia agitado, com diversas sessões de autógrafos e leituras do primeiro capítulo.

— Eu dormi o suficiente — garante ele —, prometo — acrescenta com um sorriso. É uma ansiedade boa.

— A gente ainda pode voltar pra cama depois do café da manhã — cantarola Harry olhando para o relógio pendurado na parede, mostrando que era pouco depois das seis.

astronomyOnde histórias criam vida. Descubra agora