Capítulo 14

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Jones tirava os cabelos escuros do rosto suado e com um pouco de paciência subiu na esteira e correu por longos minutos. Começou sua manhã recebendo uma proposta terrivelmente tentadora, naquele mesmo dia teria que pisar em solo francês e fechar uns contratos. Descobrirá que tinha novas organizações e por conta da corrupções e desordem no exterior seus negócios aumentaram da noite para o dia. Ficaria um mês em paris, queria levar coraline e a pequena,mas sabia que não poderia pois quando fizesse a proposta ela negaria sem pensar duas vezes. Então por enquanto organizava suas malas e comunicava seus homens. Pretendia pisar em solo francês com seu jato particular, não conseguia dividir seu ambiente pessoal com outras pessoas além de sua futura esposa.

Decidiu não mandar nenhuma mensagem para coraline, desejava que ela ficasse contorcendo-se de curiosidade e saudades. Estava arrumando forças para deixar sua mulher sozinha em roseburg, porém sabia que era necessário aceitar aquele acordo. No fundo sentia que sairia ganhando com isso tudo, seu legado seria histórico e daqui alguns anos sua filha abigail jones comandará a maior organização americana pois era para isso que estava construindo seu império.

Chegou no hotel francês por volta das duas da madrugada, estava extremamente cansado e com sono. Jogou sua mala grande no canto do quarto, pegou seu charuto no bolso da camisa social escura e sentou na poltrona elegante e confortável. Quando acendeu o tabaco sentiu sua garganta entreter-se de alegria e seu pulmão aprofundar cada vez mais na fumaça. Notou que em seu celular tinha uma nova notificação, pegou o aparelho com calmaria e averiguou. Viu uma mensagem curiosa e cativante na sua caixa portal, estudou com determinação aquelas palavras e releu milhares de vezes até notar que era impossível ser de tal pessoa.

Espero que tenha chegado bem, meu garotinho! Estou morrendo de saudades de você... Até mais anjinho.

Pensou ter sonhado com aquela mensagem, mas na manhã seguinte vasculhou o celular e encontrou as mesmas palavras. Sentiu um calafrio e raiva, se fosse aquela pessoa da qual pensará,iria ele mesmo acabar com a raça dela. Já tinha esquecido sobre tudo, não pretendia voltar para o passado e reviver cada mágoa ou desprezo que passou. Eles ficaram no abismo mais profundo do passado e ela também. Levantou o corpo da cama, arrumou suas coisas,deixou a água do chuveiro molhar sua cabeça e saiu do hotel.

Naquele exato momento tinha a famosa reunião com o partido aliado, já tinha muitas vezes passeado pela frança mas jamais pensou em ter uma organização no país. Os franceses eram pessoas abertas e espontâneas, Jones odiava a forma como eles levavam a vida e por outro lado viu a fascinante idéia de construir uma coisa pelo qual não arrependerá-se.

Sabia que nas artérias de coraline e abigail corriam sangue franceses então só facilitaria as coisas para si. Pretendia o mais rápido possível casará-se com coraline, pois casado com ela os caminhos abririam com velocidade. Jones gostava da sensação de ter uma mulher com ascendência francesa, mesmo que por um segundo stuart nem desconfiasse.

Caminhou com passos largos na avenida parisiense com sua roupa social impecável, uma vez ou outra soltava um sorriso sarcástico para as pessoas ao seu redor. Chegou no enorme edifício espelhado e adentrou com arrogância e cinismo. Localizou uma assistente observando um espelhinho ridículo nos dedos pálidos e magrelos. Aproximou-se com falsa doçura, chamando atenção da moça distraída.

- bom dia- jones chegou perto do balcão da recepção e olhou nos olhos azuis transparentes da jovem.- tenho uma reunião marcada nesta manhã...- a moça olhou com certa admiração para ele e sorriu com delicadeza, jones ignorou a simpatia e olhou para o relógio que marcava 8h 30.

- claro... Como o sr. chama-se? - a jovem tentou manter o contato visual, mas o olhar de jones queimava suas bochechas deixando-a corada e sem graça.

- James Jones.

Amor cruel Where stories live. Discover now