Uma reviravolta no destino | Daemon Targaryen

Capítulo 41 O Legado da Torre Alta

ilhas de ferro, 111 d.C.
visenya targaryen

Dias depois de Arrax e Vhagar dispararem contra seus inimigos, foram gastos em reuniões com os Lordes da Campina que vieram ajudar Old Oak. Visenya geralmente sentava-se à cabeceira da mesa e observava suas interações enquanto permanecia em silêncio.

Quando ficou demais ouvi-los conversando entre si, discutindo sobre qual seria o próximo passo que poderiam tomar em relação aos ataques de Ironborn, Visenya finalmente se levantou e fez uma sugestão que foi imediatamente aceita.

O plano era enviar uma carta ao Senhor das Ilhas de Ferro e anunciar que Visenya viria negociar a paz em nome do Rei e da Coroa — Leo também a acompanharia para que pudessem representar uma frente unida.

Embora seu plano pudesse ser considerado arriscado, valeu a pena. Visenya confiou em suas habilidades políticas para impedir o conflito futuro - mas, como os Ironborn eram pessoas imprevisíveis, ela também tinha um plano alternativo - de qualquer forma, esta história e esta luta terminaram com sua vitória.

Visenya não estava preocupada em confrontar Lorde Greyjoy, de jeito nenhum. Ela estava mais preocupada com Lerris Tyrell e com a forma como ele desconfiava dela. Muitos cavaleiros olhavam para Laena e para ela com desconforto e com certo julgamento — mas ela não esperava tal tratamento por parte do irmão mais velho de Leo.

Ela acabou confrontando Lerris antes de partir para as Ilhas de Ferro. "Você não gosta muito de mim, não é, Lorde Lerris?" ela perguntou, estudando cuidadosamente o homem diante dela.

Lerris olhou para ela com uma expressão vazia, escondendo completamente qualquer indício de sentimentos. "Perdoe-me pela minha franqueza, Vossa Graça, mas não tenho nenhum motivo para gostar ou desgostar de você", respondeu ele.

Visenya odiava como ela não conseguia lê-lo tão facilmente quanto conseguia com os outros. A percepção de que ele era tão parecido com ela nesse aspecto a atingiu com força. Então surgiram as perguntas: como ela se aproximaria? Como ela se abriria consigo mesma? Como ela agiria e reagiria?

"Mesmo assim, entendo sua raiva e ressentimento", ela tentou ser razoável e demonstrar empatia, mas não pareceu funcionar - Na verdade, ele parecia irritado se o franzido de sua testa fosse uma indicação de alguma coisa.

"Você realmente?" o menino Tyrell cantarolou, a dúvida clara em seus olhos. "Perdemos muitos homens bons e honrados - a maioria deles eu conhecia pessoalmente. Tive que ser eu quem contou às suas famílias sobre suas mortes. Tive que ser aquele que os viu chorar e sofrer. Eu tive que ser o único para enterrá-los... Você aparecer aqui e derrotar nossos inimigos com tanta facilidade é como cuspir em seus túmulos - em seus sacrifícios."

Ele inclinou a cabeça para o lado. "É ainda pior saber que você só veio em nosso auxílio por causa do seu desejo de provar seu valor, Vossa Graça."

Embora Visenya geralmente apreciasse as pessoas que eram francas com ela, ela não gostava de como Lerris soava criterioso - especialmente porque ele não era tão diferente dela - seus próprios motivos não estavam longe dos dela.

"Quer você queira admitir para si mesmo ou não, o povo de Reach é meu para proteger e defender, tanto quanto é meu para governar. Não me faça começar a querer proteger Leo - ele é meu amigo e Eu vim aqui por causa dele também", Visenya refletiu, sentindo sua irritação aumentar. " Não nego que uma parte de mim deseja provar a minha capacidade de ser um futuro monarca, mas essa não é a única razão para vir em seu auxílio!"

Como ele era tão livre para ser franco com ela, ela decidiu retribuir o favor. "Não é um pouco hipócrita da sua parte me acusar de fazer isso para meu próprio benefício quando você está fazendo a mesma coisa, Lorde Lerris?"