16. Caminho para casa

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— NÃO, EU NÃO quero ir pra cas

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NÃO, EU NÃO quero ir pra cas...

Antes que Flora pudesse terminar a frase, Vincent bateu a porta de trás do seu carro e pediu para que Robert a levasse para casa em segurança, nos deixando completamente sem carona para voltarmos a mansão do Dong Yul. Estávamos do lado de fora do bar, já passava da meia-noite e o silêncio entre nós predominava desde o momento que eu me aproximei dele novamente, naquela noite.

Eu não imaginei que essa noite se estenderia por tanto tempo ou que o empenho do Vincent, da Flora e do Niklaus fossem me fazer esquecer do fiasco que foi o meu "noivado" tão rapidamente. Mal podia esperar para ver o que Dave publicaria sobre nossa curta conversa após minha apresentação; e, melhor ainda, mal podia esperar pela próxima vez que eu subiria no palco.

Taehyung coçou a nuca e me olhou por cima do ombro, seus cabelos caíam sedosos por cima dos olhos afiados e misteriosos. Ele segurava uma garrafa de vinho barato ainda pela metade com a outra mão, após roubá-la da minha, porque, segundo o próprio, eu já havia bebido demais naquela noite. Eu estava encostada na parede, bem ao lado da porta do bar. Niklaus já havia ido embora, assim como seu chefe ou qualquer outra pessoa que frequentou o estabelecimento nas últimas horas, seja para acompanhar a minha apresentação ou não.

No fim, só restavam nós dois.

— Parece que ficamos sem muitas opções para voltarmos — comentei, desencostando-me da parede e ficando ao seu lado. Torci para ele não ter percebido a minha cambaleada para o lado, quando uma vertigem me atingiu, mas consegui notar seu olhar desdenhoso pairando sobre mim. — O que faremos?

Taehyung me lançou um sorriso de lado e gesticulou com a cabeça na direção oposta de onde eu estava.

— Sua casa não é muito longe daqui, vamos andando.

Pensei em protestar, mas, agora, eu estava satisfeita demais para reclamar de alguma coisa. E, de fato, não era tão longe se considerarmos que a maior parte do caminho seguimos em uma linha reta pela estrada. Então, segurei em seu ombro e retirei meus sapatos, um por vez — o chão frio abraçou minha pele no mesmo instante, fazendo um arrepio subir até a nuca.

— Ok, mas eu que não vou andar de saltos até a minha casa.

— Deixa que eu seguro — ele tomou o calçado da minha mão, segurando pelas finas alças que antes envolviam meu tornozelo. Em seguida, jogou seu paletó em minha direção e acrescentou: — Pode ficar com isso, aqui está frio.

Apertei a peça contra meu corpo e sorri de lado. Ela carregava o seu aroma masculino e característico que, a essa altura, eu reconheceria em qualquer lugar. Como o vestido expunha demais a minha pele, o calor e conforto do seu paletó foi mais do que bem-vindo.

— Obrigada.

Ele balançou os ombros e dispensou o agradecimento, enquanto abandonava a garrafa de vinho em algum lugar perto da entrada do bar para alguém sortudo que a encontrasse, talvez.

DESTINY | Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora