A vida seguia o seu ritmo.
Rodolffo mais ambientado à fazenda e Juliette tocando a vida em Morrinhos.
Haviam passado 2 meses desde o episódio que levou à saída de Juliette da fazenda e eles apenas se conseguiram encontrar umas 3 vezes.
Falavam várias vezes ao telefone.Conversavam sobre vários assuntos e passavam 3 ou 4 horas juntos, ora passeando no parque e uma vez num cinema.
Juliette vivia perguntando de seus pais.
Rodolffo tinha um dos seus funcionários que tratava da cavalariça e namorava a jovem que ajudava os Esteves na estufa. Claro que eles não sabiam.
Eram eles o veículo de informações para Ju.
Por outro lado, sem que Rodolffo soubesse um dos funcionários da sua fazenda mantinha contacto com o pai dele. Por ser um dos mais antigos, havia também muita confiança entre os dois.
Quando o pai do Rodolffo soube que a Juliette tinha pernoitado lá em casa ficou revoltado.
Pensou em regressar à fazenda mas foi impedido pela mulher e a filha.- Pai, a tua saúde é débil. Deixa o Rodolffo viver a vida dele. Ele já está a fazer o sacrifício de abandonar o que gosta para te fazer a vontade.
O que preferes, um património destruído ou um filho feliz?- Mas aquele animal, ameaçou o meu filho.
- E ele soube defender-se. Agora deixa ele viver do jeito dele.
O pai de Rodolffo não tocou mais no assunto com a filha mas numa das visitas do filho ainda tentou.
- Rodolffo, que é que queres da tua vida te aliando a uma Esteves?
- Nem comeces pai. Se vais agir como o pai dela eu daqui sigo para Goiânia e não volto à fazenda.
Helena ouviu a conversa e olhou para o pai com ar ameaçador.
- Pai, já conversámos sobre esse assunto!
- Está bom. Não digo mais nada. A palavra de um pai hoje não tem valor.
- Nesse caso não. Viveram a vossa vida carregados de ódio e querem fazer o mesmo connosco? Não. Eu gosto da Juliette e independente do que seja o futuro eu não vou alimentar essa fogueira. O ciclo termina comigo e com ela.
Rodolffo despediu-se de todos. Hoje voltava à fazenda mas tinha combinado visitar Juliette.
Ela recebeu-o no seu apartamento e mal abriu a porta foi tomada por dois braços másculos.
- Que saudades. Já esqueceste de mim.
- Esqueci nada Ju. Muito trabalho. Estamos na época da sementeira.
- Vem. Fiz almoço para nós.
- Eu não disse que vinha almoçar!
- Mas eu sou prevenida. Vais embora a que horas?
- Às 17 horas.
- Dá para matar as saudades um pouco.
- Muitas saudades? Mostra quanto.
Juliette sentou no colo dele, colocou as mãos no rosto e deu-lhe eu beijo.
Rodolffo abraçou-a pela cintura, rodou o corpo e deitou-a no sofá ficando por cima.
- Só isso? Pouca saudade.
Foi dando beijos nas bochechas, na testa, nos lábios, pescoço e foi descendo enquanto metia a mão por dentro da blusa dela apertando os mamilos.
Juliette mandou ele parar, levantou-se segurando na mão dele e conduziu-o até ao quarto.
Era a primeira vez deles. Rodolffo queria ser gentil e deixar uma boa impressão. Fizeram amor lentamente, explorando cada um o corpo do outro, tateando aqui e ali até se sentirem saciados.
Tomaram um banho conjunto e foram almoçar porque nem só de amor vive o homem.
O resto da tarde foi de muito carinho um ao outro. O sentimento entre os dois vinha crescendo e era recíproco.
- Ju, e agora? Como ficamos?
- Como assim? Estamos bem.
- E somos o quê um do outro?
- Amigos como sempre.
- Amigos não transam. Pelo menos eu não transo com as minhas amigas.
- Amigos coloridos então.
Não era isso que Rodolffo queria ouvir mas não era hora de arranjar uma briga.
- Tenho que ir.
- No próximo sábado, a pretexto de ir buscar alguma coisa que deixei lá, vou ver os meus pais.
- Podes ficar lá em casa, ou vais e voltas?
- Não sei. Depende da recepção deles.
- Então já vou. Quando chegar ligo.
Juliette acompanhou-o à porta e antes de abrir colocou os braços à volta do pescoço dele que imediatamente a pegou pela cintura dando-lhe um beijo demorado.
- Para não sentires saudade.
- Assim é que sinto mais.
Rodolffo deu-lhe outro beijo, abriu a porta, mais um selinho e saiu.
Juliette fechou a porta e encostou-se nela tentando processar tudo o que tinha acontecido ali.
YOU ARE READING
Tapera caída
Fanfiction"... mas na vida nada é permanente então, por isso a gente deve aproveitar, não prendemos o nosso amanhã vamos que o destino pode nos levar Hoje olho e me vejo no espelho, meus olhos vermelhos da poluição, na fazenda a tapera caída, igual minha...