Capítulo 19

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Peter levou as moças para casa de sua mãe no leste da rússia, o chalé seria organizado entre duas semanas, neste período stacy e coraline passará a temporada inteira na casa grande e aconchegante da sra.smirnov. Quando chegaram foram bem recebidos.
Stacy ficou no quarto com o namorado e stuart conseguiu um cômodo confortável para hospedar-se com a filha. Coraline arrumou as roupas da mala e examinou a filha na cama dormindo tranquilamente.

No dia seguinte abby completaria seu um ano de vida. Stuart ansiava preparar uma festinha, porém seria inconveniente e antiético pois encontrava-se em uma situação extremamente delicada. Sem contar que o genitor nem estaria presente, aliás, ele não era bem vindo. E já fazia praticamente três dias que não tinha notícias dele, última vez fora naquele cubículo solitário e estéril da delegacia. Sentia-se frustrada pois não sabia o que jones estaria aprontando, temia pela vida dele. Além do mais se jones morresse jamais descobriria o que estava acontecendo ou quem era essas pessoas atrás de si. Johnson não abriria o jogo, estava protegendo o amigo até o talo e quando recebia mensagens ou ligações saia rapidamente do ambiente e trancava-se em algum cômodo.

Coraline estava no escuro e não sabia nem como reagir, queria fugir para algum lugar e mudar de nome, mas também queria enfrentar isso com a cabeça erguida. Ela não tinha motivos para ter medo, não lembrava-se de ter arrumado ou metido-se nessa enrascada. Isso era apenas culpa de jones então ele tinha mais que obrigação de tirá-la sã e salva disso tudo.

- parece até apógrafo a forma como a neném é idêntica a james...- Polina entrou no quarto de fininho e chegou perto da cama, ela estava com uma roupa esportiva e seus cabelos extremamente louros amarrados em um laço simples e lilás. Coraline também conseguiu notar que a adolescente era muito semelhante ao irmão mais velho. Peter. - você não sente-se mal com tudo isso ? - olhou com inocência para stuart e esperou ansiosamente a resposta que por sinal não saiu dos lábios da coraline. - desculpe-me, não quero ser invasiva, isso é muito pessoal né. - Polina sorriu sem jeito e deu um passo na janela alta feita de tirinhas rosa pink. - esse quarto era meu... Mamãe não deixava pintar as paredes então eu pegava os materiais no porão e improvisava com a minha imaginação.- Stuart olhou ao redor do quarto e notou pôster de bandas antigas e imagens de famosos colado no teto de madeira. Perto do guarda-roupa tinha uns desenhos realistas e coloridos pendurados em poliamida.

- não é pessoal... Essa hora todo mundo já deve saber sobre jones e eu. - sentou na beirada da cama e olhou mais uma vez para os desenhos em sua direção.- As coisas não saíram do jeito que planejei, simplesmente, nunca sai. Me apaixonei por jones achando que ele era o príncipe encantado, no entanto é apenas o sapo mal compreendido. - coraline deixou um sorriso triste escapar e permitiu sentir a dor. Não apenas dor de ser usada, mas a forma como encontrava-se destruída e sem forças ou pelo simples fato de não saber se conseguiria ver sua filha crescer e tornar-se uma adulta ou até mesmo conseguir chegar aos vinte e seis anos viva e realizada. Estava exausta, queria gritar e chorar muito. Mas ainda não tinha achado o motivo real para as lágrimas, elas não escorriam de seu rosto pálido. Pelas circunstâncias elas escolheram sangrar por dentro levando a coraline em um vazio profundo. - o pior disso tudo que ainda o amo... Queria conseguir odia-lo assim as coisas seriam mais fáceis.

- sinto muito coraline! - disse apertando os dedos magrelos e finos de coraline. - talvez vocês achem uma solução para isso, sei que as coisas estão complicadas mas você precisa ser positiva.

- não... Eu não acho que isso tenha uma solução, jones não tem solução. nossa relação jamais será normal, ele não consegue resolver as coisas como pessoa civilizada, ele... - stuart calou-se de repente e tentou mudar de assunto. A russa era esperta, mesmo sendo jovem já sabia de muitas coisas da qual coraline nem imaginava.

- eu sei, ele mata pessoas. - coraline olhou assustada para menina e ficou questionando-se mentalmente a resposta sincera da garota.- meu irmão também faz isso, eu sei que é errado, mas não consigo julga-los. Simplesmente não tenho direito.

- como ? - disse a moça dos cabelos curtos com o rosto totalmente assombrado.- como você consegue agir normalmente?

- pelo simples fato de saber que tudo que meu irmão fez e faz tem motivos...- disse com tranquilidade analisando as unhas delicadas.- as pessoas nem sempre são o vilão da história, acredito que você não saiba,mas meu pai foi assassinado na frente do meu irmão, na época peter era adolescente e acredito que tenha o abalado muito. - coraline ouvia aquele relato com o coração partido e notava a dor da menina.- eu era muito novinha, nem consigo mais lembrar do rosto de meu pai. E não... Meu pai não pertencia esse mundo, jamais fez parte de gangues ou facções. Ele simplesmente estava voltando do serviço cansado, parou para buscar meu irmão na escola e se deparou com um lunático.

- nossa... De verdade sinto muito mesmo, não consigo nem imaginar a dor que vocês sentiram!- disse triste e com empatia.- Mas me diz, isso aconteceu aqui mesmo?

- Ah não... Foi no estados unidos. Nos mudamos depois do ocorrido.

- Ah tá.

- mas voltando no assunto principal- disse com malícia.- você ama mesmo o james? ele é legal, mas fica com aquele sorriso sarcástico o tempo inteiro. Como você aguenta? Tem segredo aí né?

- você conhece ele bastante tempo?

- claro. Ele passava o inverno inteiro com a gente, james e peter são praticamente irmãos. Eu nunca vi uma amizade verdadeira e sincera como a deles. Sim, james tem sérios problemas mas sempre foi um grande amigo. - disse com admiração e um certo orgulho, Coraline sentiu- se tocada pela emoção da garota.- quando estávamos passando por problemas financeiros ele nos ajudou... Mamãe considera-o como um filho.

- tem certeza que estamos falando do mesmo jones? - coraline soltou com sarcasmo e curiosidade. - o homem que conheci era cruel e cheio de maldade. Estou tentando imaginar esse james carinhoso e gente boa.

- talvez você não tenha permitido que ele fosse desse jeito... Tenta dar uma chance para ele, reconheça que ele também é ser humano e sofre igual você.

- como ? Todas as vezes que tentei entende-lo ele me machucou. Jones afasta as pessoas de si, ele é o único problema.

Coraline abaixou a cabeça na altura das pernas e bagunçou os cabelos negros, estava confusa e angustiada. Não conseguia pensar em outra coisa além do homem dos olhos escuros.

- simples coraline - disse a menina com um sorriso esperançoso, tocou as costas de coraline e proferiu as palavras com certeza.- siga o seu coração, ele te mostrará o caminho certo!


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Boa noite pessoal
Mais um capítulo disponível
Estou tendo problemas no meu celular e os capítulos estão sendo publicados pela metade... Mil desculpas por isso

Espero que estejam gostando da história

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Amor cruel Where stories live. Discover now