02 | Dentro de uma viatura.

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Los Angeles, CA

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Los Angeles, CA

Talvez, apenas talvez, não tenha sido minha ideia mais inteligente vir a essa festa. Eu descubro isso no mesmo momento que chego.

Logo no gramado da casa robusta onde a festa estava acontecendo, podíamos encontrar os indivíduos mais duvidosos possíveis. Havia gente deitada na grama, completamente bêbada encarando o céu sem estrelas devido a poluição luminosa. Outros estavam aparentemente desmaiados.

Alguns jogavam jogos que, na minha mente completamente sóbria, não faziam o menor sentido. Minhas sobrancelhas estavam unidas enquanto eu acompanhava as duas garotas para entrar na casa, mesmo com as red flags ambulantes no gramado.

Como se não bastasse o crescente aviso de que as pessoas presentes não estavam em seu maior momento de consciência, o barulho era quase insuportável. Música alta e distinta vinha de todos os lugares da casa, enquanto as pessoas que queriam conversar lutavam para falar por cima do som, causando um ciclo de barulhos sem fim.

Ao longe poderíamos ouvir vez ou outra algo sendo quebrado.

— Tudo normal para uma festa universitária. — grita Melanie por cima do som.

Esse era um aviso definitivo de que eu não voltaria a comparecer a muitas mais, se me restasse algum juízo durante o ano letivo. O que eu descobriria posteriormente é que, definitivamente, não me restava mais muito juízo.

Anna cruzou seu braço ao meu enquanto desviava de um cara que corria para o vaso de plantas mais próximo, vomitando tudo o que havia bebido ali. Coitada das plantas, penso, e coitadas das pessoas que moravam aqui que irão sentir o cheiro insuportável do vômito sem nunca saber de onde vem.

Eu tinha vários problemas, mas felizmente nenhum deles era ter que limpar essa casa amanhã.

— Vamos pegar uma bebida. — Melanie toma minha mão antes que eu negue veementemente continuar adentrando essa espécie de manicômio que fica tão próxima da universidade.

Um ótimo lugar para um estudante de psicologia estar. Com certeza havia muitos deles por aqui.

Ela continua nos guiando para dentro da casa, completamente alheia ao caos ao seu redor. Bem que eu gostaria de me manter tão calma, mas todos meus instintos interiores gritavam para que eu corresse até estar longe daqui.

Meu maior mecanismo de defesa era minha intuição, que eu estava aprendendo a ignorar quando continuava aqui.

Minha pele até se arrepia ao ver um homem mal encarado com piercings no rosto. Um na sobrancelha, outro na boca com o qual ele brincava distraidamente com a língua. Era um movimento tão suave e despretensioso que foi impossível não me arrepiar. Seu corpo, pelo menos os fragmentos expostos dele, pareciam conter tatuagens.

Ao vê-lo pude entender a expressão "lindo de morrer", e ele definitivamente me assustava por isso.

Mesmo assim, Melanie foi em sua direção.

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