Um assassino misterioso, um casamento arranjado, intrigas e muitos segredos.
Após serem forçados a se casarem, Erik Destler tenta encobrir todos os segredos da Mansão a todo custo. No entanto, será que a sua curiosa noiva irá descobrir todos os segr...
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Christine desviou os olhos de sua rival para encontrar o olhar preocupado de Erik. Ela percebeu que ele estava petrificado com a possibilidade de ela alertar a todos sobre a presença de Emily, mas rapidamente se lembrou das palavras que ele havia dito a Antoinette outro dia. Se o pai de Erik soubesse da presença da garota na casa, algo terrível aconteceria.
Se isso significava uma reprimenda para Erik ou talvez enviar a pobre garota para um asilo, ela não sabia. De qualquer forma, ela sabia que não iria querer colocar esse tipo de poder nas mãos de um homem mau como Andrew Dustler. Ela pode ter sido enganada e seu casamento agora em ruínas, mas ela não conseguia ser a razão pela qual uma jovem inocente sofreu danos, simplesmente para buscar vingança por seu coração ferido.
Não, Christine não poderia ser tão cruel assim.
—Oh, pelo amor de Deus, você testa minha paciência, garoto!— Andrew afirmou exasperado, engolindo o resto de seu uísque —Preciso de outra bebida— Ele fez um movimento para se levantar, mas Christine foi mais rápida, levantando-se de repente.
—Por favor, permita-me— Ela ofereceu, caminhando até onde o serviço de chá estava colocado, atraindo a atenção do homem para ela e para longe da janela atrás dele —Posso servir um pouco de chá para vocês dois? Madame Giry é realmente uma maravilha e faz o melhor que já provei— Ela afirmou, e então notando a jarra de água também, ela continuou —Ou talvez um pouco de água fria para tirar a poeira da garganta?—
Christine sabia que estava tagarelando, mas seus nervos estavam à flor da pele e ela precisava dizer alguma coisa para manter os olhos nela. Uma rápida olhada para Erik mostrou que ele estava chocado com o que ela acabou de fazer, reconhecendo sua oferta de chá pelo que realmente era... uma distração.
—Sim, uma xícara de chá seria muito bom— William concordou, ainda fazendo o possível para manter sua aparência agradável.
—O chá é para mulheres e fracos— Andrew anunciou, lançando um olhar fulminante para William, o que fez seu companheiro se encolher de vergonha com suas palavras duras —Preciso de algo mais forte— Desta vez, Andrew se levantou com a intenção de se virar e encher novamente o copo na garrafa que ficava bem em frente à janela, onde Emily ainda estava à vista.
Erik também se levantou, agarrando o braço do pai em uma última tentativa de preservar tudo o que havia lutado tanto para esconder, mas quando o homem mais velho se afastou, ele sabia que não poderia mais controlar a situação.
Christine estava desesperada, ela tinha menos de cinco segundos antes que Andrew se virasse e avistasse a pobre garota. Então, fazendo a única coisa que conseguiu pensar que poderia neutralizar a situação impossível, ela soltou um grito estrangulado, colocou as costas da mão na testa e caiu no chão, desmaiada.
—Christine!— Erik gritou, virando-se bem a tempo de vê-la desmoronar em uma pilha sem vida. Esquecendo-se do pai, do tio e até de Emily, ele correu para o lado dela, ajoelhando-se enquanto levantava a cabeça dela e a embalava suavemente em seu colo —Christine, querida, fale comigo—
