Homens apertam as mãos

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Erik não conseguia acreditar no que Christine acabara de dizer. Ele não passou anos fazendo tudo o que podia para manter as crianças longe de Emily, não querendo aborrecê-la? Quando nasceram, ele tinha grandes esperanças de que seriam a salvação dela, tirando-a da loucura que tomou conta de sua mente naquela noite fatídica. Mas em vez de ajudar, a presença e os gritos deles apenas pareciam roubar-lhe mais da sua preciosa sanidade, até que ele considerou necessário removê-los da vista dela, substituindo-os pelas bonecas silenciosas.

Ele tentou reintroduzi-los diversas vezes, mas cada uma delas foi um fracasso miserável. Agora Christine decidiu destruir tudo o que ele lutou tanto para criar por um mero capricho?

—Christine! Como você pôde fazer isso sem falar comigo primeiro?— ele gritou, pisando a alguns metros de distância enquanto passava as mãos pelos cabelos, mordendo a língua para conter qualquer repreensão.

—Falar com você primeiro?— ela repetiu, incapaz de esconder a raiva em sua própria voz enquanto defendia suas ações. —E como eu poderia fazer isso quando você não estava aqui? Eu teria discutido isso com você se você não estivesse na casa de Amir, de mau humor como um garotinho zangado!—

Erik virou-se para olhá-la, estreitando os olhos ligeiramente ao notar que vários dos criados tinham colocado a cabeça para fora da porta da cozinha para olhar para eles. A conversa deles estava chamando a atenção e ele não queria ser um espetáculo em sua própria casa, então agarrando a mão dela ele a puxou em direção à biblioteca e a empurrou para dentro à sua frente. Assim que a porta foi fechada com segurança, ele continuou seu discurso.

—A mente de Emily é muito frágil para aceitar a identidade de Robert e Amy!— ele gritou, jogando as mãos para o alto. —Até onde ela sabe, ou pode suportar, aquelas duas bonequinhas no quarto dela são seus bebês e ela está bastante satisfeita com isso!—

—Bem, as crianças não são!— ela argumentou, cruzando as mãos sobre o peito e olhando para ele sem nenhum sinal de recuar. —Eles precisam da mãe em suas vidas, mesmo que não a reconheçam como tal. E até agora, cada vez que se encontraram, tudo correu muito bem—

—Cada vez?— Erik questionou. —Quantas vezes você os colocou juntos?—

—Você faz parecer que eu joguei todos eles em um quarto e tranquei a porta!— Christine disse defensivamente. —Não foi nada disso. Ela e eu estávamos simplesmente passando um tempo nos jardins quando...—

—Nos jardins!— Mais uma vez Erik perdeu a paciência e começou a gritar. —O que ela estava fazendo lá fora? Você percebe o quão perigoso isso é? Qualquer um poderia tê-la visto e agora com Philippe à solta, é duas vezes pior!—

—E como eu poderia saber de tudo isso?— ela continuou. —Além disso, tomamos todas as precauções para esconder a identidade dela. Eu disse às crianças e a Rose que ela era uma amiga minha da escola que veio me visitar. Robert e Amy nunca questionaram isso e tenho certeza de que se algum dos criados descobrir, podemos usar a mesma história. Mas cada vez que saíamos, ela estava envolta em sua capa com o capuz levantado para esconder o rosto. Ninguém nos viu no jardim murado e...—

Os Mistérios da Mansão Destler - O Fantasma da ÓperaWhere stories live. Discover now