Capítulo 10: O plano

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[Nome] Hanagaki

Meus olhos se abriram instantaneamente, sem nenhuma piscadela. Nem mesmo os raios de sol invadindo o meu quarto através da janela, foi capaz de me fazer piscar. Observei atentamente o ponteiro do relógio se arrastando preguiçosamente sobre os números. Ainda são 6:00 horas da manhã. Tive uma intensa luta contra a preguiça até criar coragem para me levantar da cama e enfrentar mais um dia monótono.

Separei uma peça de roupa casual para usar depois do banho e parti em direção ao chuveiro. Chegando no box, percebi algo incomum no cenário famíliar. Eu não tinha nenhum pátio de borracha. Pensei por um momento que esse patinho poderia pertencer ao Manjiro, mas descartei esse pensamento rapidamente. Ele é um homem sério, é óbvio que ele não iria ficar brincando no banho, ainda mais com um patinho..

Terminei o meu banho e me enrolei em uma toalha. Peguei o brinquedo de borracha antes de sair, vou usar ele como um enfeite na minha prateleira.

Abri a porta do banheiro e entrei no quarto. Meu corpo congelou e o meu coração quase saltou do peito quando vi o meu vizinho enchendo uma mala com as minhas roupas.

- O que você está fazendo aqui!? Porque vocês está colocando as minhas roupas nessa mala?. - Caminhei até ele com passos rápidos.

- Vim te buscar. Vou te levar embora do país comigo.

Fiquei alguns minutos olhando para aquela cena, sem saber se eu estava delirando ou se o que está acontecendo é mesmo real. Isso não pode ser real. O platinado não esperou uma resposta da minha parte. Ele foi caminhando com passos apresados até a minha gaveta de lingerie e começou a escolher vários conjuntos para colocar na mala.

- Você também tem uma calcinha da Kuromi. Que fofa!.

Meu queixo caiu.

- Para de mexer nas minhas coisas! Eu não vou a lugar nenhum com você!. - Puxei a calcinha da mão dele.

- Eu não te dei escolha. Coloca uma roupa logo, vamos pegar o avião daqui há 30 minutos.

- Porque você quer que eu vá com você?.

Ele para de mexer na gaveta e olha para o chão antes de me olhar nos olhos.

- Tem muitos motivos. Primeiro, Tem um maluco chamado Izana que está querendo fazer você e o seu irmão lutar um contra o outro, tipo um rinha de galos, o plano é fazer um matar o outro para depois ele matar o sobrevivente e ficar com o poder de vocês. Segundo, o filho da travesti que você conhece está em perigo. Terceiro, eu matei um traidor da Bonten degolado. O filho da puta engoliu o chip com as informações da Bonten antes de morrer, o corpo dele foi mandado para o estado do Rio grande do Sul, no Brasil. Agora, eu tenho que atravessar o planeta para recuperar o chip. Espero que você goste de chimarrão, seja lá o que isso seja. - Ele falou tão rápido que eu não consegui raciocinar tudo direito.

- Você é um assassino?. - sussurrei, piscando algumas vezes.

- Sim.

Ele me olhou com desdém e deu de ombros como se isso não fosse nada demais. Esse tempo todo eu morei do lado da casa de um assassino, e ainda deixei ele tomar banho na minha casa.

- E ainda quer que eu vá com você? Isso é loucura!.

- Vamos logo, mulher. Não temos todo o tempo do mundo!.

- Eu não vou ir sozinha com você.

- Não vamos estar sozinhos. O seu professor, o irmão do seu professor, a travesti, o garçom meio viado do restaurante que você foi junto com o Izana e o kakucho vão junto.

- O problema é você, eu não vou cruzar a metade do planeta com um anão piscicopata!

- Você me chamou do que!? - ele se vira para mim com um olhar carregado de raiva.

- De anão piscicopata. Que ainda toma banho com um patinho de borracha!. - Ergui o patinho.

- Me devolve o Cheirosvaldo!

Ele se avançou para cima de mim tentando pegar o patinho da minha mão, mas eu ergui o mais alto que eu consegui para ficar longe do seu alcance.

- Me devolve essa merda, sua desprovida de genitálias mamárias!

- Desprovida do que?

- Desprovida de peito! - Abri a boca, chocada.

- E você, seu nadador de aquário! Você deveria trabalhar como manobrador dos carrinhos da hot wheels!.

- Agora você passou dos limites!.

Manjiro me agarrou com força e me jogou em cima da cama com possessividade, seu corpo pairou em cima do meu e ele segurou os meus braços acima da minha cabeça, aproximando o seu rosto do meu e me permitindo sentir a sua respiração pesada contra a minha pele. Meu coração disparou dentro do meu peito. Até me esqueci como se respirava. Os olhos dele escureceram, uma faísca de desejo ficou oscilou em seu olhar. Ele lentamente aproximou os lábios dos meus.

- Tá no cio, cachorro?.

Um som alto ecoa pelo quarto quando o tijolo da cama se quebra, nos fazendo rolar pelo colchão e cair brutalmente no chão. Manjiro leva a mão nas costas e geme baixinho. Nós dois nos entre olhamos e começamos a rir da situação. Só paramos de rir quando o meu celular começou a tocar.

- É o Izana.

- atende.

Atendo o celular e escuto tudo o que o Kurokawa tem a dizer.

- Ele está me convidando para um encontro. - sussurro baixinho, afastando o celular da boca. Manjiro faz uma careta.

- Aceita.

- Eu não!.

- Vai aceitar sim!

- E porque eu tenho que sair com ele? E se ele tentar me comer?.

- Daí vocês usam a cortina como camisinha. - tenho que segurar a risada.

- Desgraçado!.

Coloco o celular de volta na orelha e forço uma voz mais amigável para continuar a conversa com o Izana. Depois de alguns minutos conversando, decidimos que vamos nos encontrar na praça durante a noite.

- Nós vamos nos encontrar na praça que fica no centro da cidade. Qual é o plano?

- Você vai nesse encontro e vai fingir estar se apaixonando por ele. Se você fizer isso, ele vai acreditar que tem o domínio sobre você e vai baixar a guarda. Dessa forma, nós vamos poder viajar para o Brasil sem que ele saiba.

- Mas, se ele tentar alguma coisa durante o encontro?.

- Não se preocupe com isso, vou seguir vocês e te proteger de longe. - Ele tira uma arma de choque do bolso e coloca na minha mão. - Mas leve isso, só por precaução.

- Por que você tem isso?.

- por que eu não teria?.

São exatamente 20:00 horas da noite. Estou retocando a maquiagem no espelho, enquanto o meu vizinho está terminando de carregar a arma. Eu me viro para ele e faço uma pose.

- Como eu estou?.

- Tá parecida com as prostitutas do Rindou. - Jogo o batom na cabeça dele.

- Aí! Eu estava brincando. Você até que tá bonitinha, dá para o gasto. - Ele Acaricia o lugar onde eu acertei. - Você está pronta?.

- Estou.

Pego a minha bolsa e o Manjiro coloca o boné e o óculos escuro.

- Vamos.







Continua....

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