oito

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Lavínia | SP

- Eu não posso expressar minhas opiniões para você Yuri - bati em seu ombro - aquele dia você gritou pro Wesley sem eu falar nada.

- Pensei que nossa amizade era séria - fingiu choro.

- Séria? Não tem vergonha nenhuma na cara né Yuri - ele riu e correu pro campo.

Eu tinha acabado de chegar no CT com meu pai, e o Yuri já veio me perguntar sobre o Wesley.

- E aí - Wesley chegou e me deu um abraço.

- Que susto - rimos.

- Henrique te abandonou hoje? - sentou em meu lado.

- Ele disse que vinha, deve estar por aí - arrumei meus cabelos.

- O Fagner não chegou ainda, provavelmente o Henrique vem com ele né - assenti.

- Mas também se ele não vir eu mato ele - Wesley riu.

- Que papo é esse em? - ele me olhou desconfiado e eu desviei o olhar.

Esses olhos me dão calafrios pelo corpo todo, não consigo o encarar.

- Como assim? Eu que te pergunto - ele riu - que papo? Menino doido.

- Yuri me falou esses dias - encarei o mesmo.

Minha respiração parou.

- Eu não falei nada pro Yuri, como assim? - comecei a ficar desesperada.

- É, esses papos de que o menino que precisa tomar iniciativa - cobri meu rosto com minhas mãos e comecei a rir.

- Você acredita no Yuri? - falei ainda com o rosto escondido.

- Se fosse mentira você não sairia correndo igual uma louca - riu

- Eu não sou louca - bati em seu braço.

- Fica ligada - ele me encarou mas eu desviei novamente - o dia que eu te puxar pra um cantinho, não reclama - piscou e foi correndo pro campo.

Minhas pernas estão moles.

- Ui ui ui - Henrique chegou me provocando.

- Tava demorando né.

- Menina se orienta, se eu falo isso pro Yuri e pro Maycon você nunca mais vai ter paz - sentou ao meu lado.

- Vai ticata Henrique.

[...]

- Eu sabia que não era uma boa ideia - Henrique começou a falar olhando o meu estado.

- Cala a boca e chama meu pai, alguém - falei e ele ficou parado raciocinando - VAI LOGO PORRA, TA DOENDO.

Ele foi correndo em direção a academia.

Tivemos (Henrique) a brilhante ideia de subir em uma plataforma, não sei por qual motivo. Mas quando eu pulei para descer virou meu tornozelo.

- O que aconteceu? - meu pai chegou.

- Eu fui pular pra descer disso e meu tornozelo virou - falei e no mesmo instante meu pai, Yuri, Wesley e o Fábio começaram a rir.

- Nossa, Henrique falou que você tinha morrido - Yuri disse.

- Mas tá doendo muito - falei chorando já.

- Da um beijinho Wesley, já sara - Fábio brincou.

- Pai, faz alguma coisa - olhei pro mesmo que não parava de rir - para de rir, pelo amor de Deus.

Tudo por você - Wesley Teixeira Onde as histórias ganham vida. Descobre agora