60

924 54 7
                                    

Yasmin 🌺

Quebra de tempo

Tirei as lasanhas do forno, colocando-as em cima da pia e desliguei o fogo do arroz.

Já havia se passado quase uma hora desde a ligação e o Dl não tinha dado as caras ainda.

Mas eu não vou bater cabeça com isso não, uma hora dessas ele deve está na "firma" ou sei lá como ele chama.

Eu fico pensando, imagina se meus pais descobrem com quem eu ando me envolvendo?.

Porra eu ia tá fudidinha, eles iam me tirar daqui a força.

Quando eu contei que eu ia abrir uma loja a primeira coisa que eles disseram foi
"Yás, você não tá se envolvendo com esses bandidos pra pagar essa loja não né filha?", ouvir eles falarem isso me deixou indignada, eu sei que eu sou uma pobre fudida, mas eu tudo que foi montado naquela loja foi montado com o meu dinheiro e quando eu não tinha condições de pagar as coisas da loja, como colocar piso e entre outros, eu mesma ia lá e fazia.

Mas no final das contas eu realmente tô me envolvendo com bandido, só não é por dinheiro.

Ouvi a roncaria da moto se aproximar da minha casa e por incrível que pareça eu reconhecia quando era a moto dele.

Fui correndo até a porta destranquei ela abrindo a mesma, me dando a visão do Dl todo gatinho descendo da moto.

Todo de preto, com o mesmo estilo de roupa que ele sempre usa, moletom.

Eu acho incrível o quanto ele é friorento, toda vez que eu vejo ele a noite ele está todo empacotado.

Ele veio caminhando até mim, endireitando o boné preto na cabeça e colocando as mãos no bolso da calça.

- Hmm, que fome. - Brinquei, falando comigo mesma.

Dei passagem para ele entrar e assim ele fez, passando por mim e parando logo atrás.

Fechei a porta e me virei pra ele.

- Eu não devia ter te atendido, já que me deixou esperando. - Passei por ele indo em direção a cozinha.

- Tu reclama demais rapá, tem condições um bagulho desse não!.

Sentia ele me segundo feito um obsessor.

- Dá próxima te recebo com um balde de água fria.

Senti sua mão me puxar pela minha nuca me fazendo ir pra trás e quase cair pelo movimento repentino.

- Eu chego e tu não me dá nem um beijo?, tu já foi mais recepcionista hein, patroa. - Ele me virou pra ele e logo em seguida virou seu boné para trás.

- Você já é de casa, vem aqui todo dia praticamente. - olhei pro rosto dele.

- Já que eu sou de casa não preciso mais pedir permissão pra fazer as coisas né?. - Ele chegou mais perto, me roubando um selinho.

- Mas você nunca pediu. - Ergui a sobrancelha - mentiroso manipulador.

Ele deu um meio sorriso, me puxando pra um beijo calmo e demorado.

Predestinados - MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora