Capítulo XII - Sim

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Scaramouche

Não sei se aguento essa dor de cabeça por muito mais, está tudo bem, mas essa dor não para.

Todos estão rindo juntos e isso me inclui, mas sinto uma fraqueza que parece que vou desmaiar a qualquer momento. Tudo o que quero é o conforto nos braços de Kazuha.

[Quebra de tempo]

Finalmente, minhas mães saíram de casa.

    – Está tudo bem Scara? Você parece meio pálido, quer um copo d'água?–

Rio levemente e recuso com a cabeça.

    – Eu estou bem, precisamos ir resolver a bagunça que Dottore fez, então acho melhor irmos logo ver como as coisas estão na escola.–

Ele acena com a cabeça, nós nos arrumamos e fomos para a escola. Todos os nossos amigos cumprimentaram ambos de nós, e tudo parecia normal. Qual o sentido disso?

Será que Dottore desistiu de qualquer que seja seu plano? Eu não faço ideia, mas essa dor de cabeça é insuportável.

    – Kazuha, acho que está tudo bem agora, acho que podemos ficar tranquilos.–

Ele sorri e concorda, não quero preocupar Kazuha, estava tudo indo bem até que...

    – Bom dia Kazuha e Scara~. Estão aproveitando esse lindo dia?–

Conheço esse tom arrogante melhor do que qualquer um, Dottore.

Kazuha soltou minha mão, e assim que se virou o socou no rosto, fazendo Dottore tropeçar. Fiquei extremamente surpreso, mas foi muito mais que merecido.

    – Kazuha... Você bate igual uma moça–

Dottore disse enquanto ria, mas era facto que estava com o nariz sangrando.

Kazuha não se segurou, puxou Dottore pela gola da roupa que usara no momento e começou a socá-lo periodicamente.

Não ousei parar Kazuha, pois eu teria feito a mesma coisa.

Vi lágrimas que carregavam o puro ódio escorrerem pelo rosto de Kazuha, enquanto o mesmo espancava Dottore.

Todos estavam olhando em choque, até o diretor da escola chegar e parar Kazuha. Kazuha tentou insistir, mas quando soltou Dottore, o mesmo se encontrava inconsciente. Ninguém sabia sobre os acontecimentos com Dottore, então ninguém nos dava razão.

    – Fui suspenso por 1 semana...–

Kazuha disse enquanto saía da sala do diretor, onde eu o esperava do lado de fora.

    – Dottore mereceu, mas Kazuha...–

Ele olha para mim, segurando as lágrimas.

    – ... Eu te amo muito tá?–

Fico na ponta dos pés e deixo um beijo descansar nos lábios de Kazuha.

Ele sorri e acena com a cabeça.

[Quebra de tempo]

Algum tempo se passou, na verdade, bastante tempo. Dottore não nos incomodou mais, pareceu satisfeito com o pequeno experimento que havia feito, e com a surra que havia levado.

Hoje é um dia importante, e quero que tudo seja perfeito.

Mandei mensagem para o Kazuha, disse para me encontrar no terraço, eu estava nervoso.

Kazuha chegou, se aproximou lentamente. Meu coração batia rápido e senti borboletas na barriga.

    – Porquê me chamou aqui Scara?–

Kazuha perguntou com um sorriso, tiro de trás das costas um buquê de flores.

Vejo os olhos de Kazuha brilharem, e senti como se estivesse me apaixonando pelo mesmo mais uma vez.

    – Kazuha...–

Criei coragem para perguntar, quero que seja definitivo.

    – Quer namorar comigo?...–

O silêncio que pouco durou deu espaço a brisa leve, quando me deparei, Kazuha estava agarrado em mim, em um abraço que exalava ternura.

    – Eu digo sim com cada gota do amor que sinto por você.–

    – E esse mar é grande?~–

Perguntei, rindo.

    – Infinito.–

Ri mais uma vez, antes de sentir seus lábios nos meus em um beijo quente.

--continua--

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