Capítulo XIV - Me agarre com força

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Não pensei muito e me desliguei para o resto do mundo, onde tudo o que eu escutava era a linda voz de Kazuha.

Sendo levado pelos meus sentimentos, tirei minha jaqueta e prendi Kazuha contra uma mesa.

Mas para o meu desânimo, Kazuha puxou-a novamente para meus ombros.

    – Nah-ah docinho. Você não vai se divertir tão fácil assim~–

Me senti completamente indignado com a situação, dei um passo para trás e cruzei os braços.

    – Então era isso dês de o começo não é? Não vai me deixar dar um passo a frente na nossa relação!? Está bem! Eu sempre soube que você não me amava de verdade.–

Desvio o rosto, escondendo o aperto que senti no coração, ao pensar ter estragado o momento com um ato resultante de desejo.

Kazuha apenas riu e me puxou para perto novamente.

    – Ei~ você sabe que eu te amo!–

    – Ah não! Agora eu quero provas!!! Se me amasse de verdade teria deixado eu me divertir.–

Ele riu novamente e se aproximou do meu ouvido.

    – Passa na minha casa então, aí eu te mostro o que é se divertir~.–

Meu rosto ficou instantâneamente vermelho.

    – A-Agora eu nem quero mais! Seu idiota...–

Kazuha parecia estar se divertindo ao me ver completamente traumatizado.

    – Hm? Mas seria tão divertido pintarmos um quadro juntos~.–

    – Huh? Mas eu achei que-... Kazuha, você realmente é um idiota.–

Ele riu, se deliciando com minha vergonha.

    – E o que você achou que nós fossemos fazer? Você anda bem animadinho pro meu gosto~.–

Desvio o olhar, fingindo uma irritação das implicâncias que Kazuha parecia adorar.

    – Nem vem com essa, você sabe muito bem do que eu estava falando, seu idiota.–

    – Se continuar me chamando de idiota eu vou ficar triste.–

Imediatamente me virei para ele com um olhar de preocupação, apenas para dar de cara com um sorriso presunçoso.

Reviro os olhos e pego as mãos de Kazuha, brincando com elas gentilmente.

    – Está bem então, me desculpa por te chamar de idiota meu anjo, que de anjo não tem nada, né, seu... Lindo.–

Disse com um tom sarcástico, sentindo uma sensação boa que parecia me dar cócegas.

    – Awwn~ meu pequeno príncipe anda cheio de sarcasmo, mas já estou acostumado! Pois o que é novo nele, é a coloração nas bochechas, que aparecem bem de vez em quando.~–

Esse tom estranhamente dócil me deixou sem palavras, ele estava claramente zombando de mim!

Kazuha riu ao notar minha expressão levemente séria e me presenteou com um beijo nos lábios, que acabou por me fazer rir.

    – Pronto~ não fique com raiva! Estou apenas brincando. Está ficando um pouco tarde, suas mães devem estar preocupadas. Quer que eu te leve para casa?–

Aceno com a cabeça ao me lembrar que estávamos no ateliê e já era hora de ir para casa.

[Quebra de tempo]

Assim que cheguei em casa, me deitei e não conseguia parar de relembrar e repensar cada momento que pssei com Kazuha... Ele é o amor da minha vida, algo que nunca imaginei que fosse encontrar.

E em pensar que um dia, ele já foi um simples garoto de cabelos brancos aos meus olhos. Agora ele brilha mais que o sol para mim, não consigo me imaginar sem pensar no Kazuha junto, me abraçando como se nunca fosse soltar.

Kazuha

Dizer adeus a Scara era difícil, mesmo que eu soubesse que o veria na manhã seguinte. Acaba sempre por me trazer de volta, no passado onde Scaramouche se encontrava além da lembrança de todos. Dottore não mecheu apenas com Scaramouche, mas comigo também.

Tentei tirar isso da minha cabeça, pedi para passar o resto do dia com minhas mães, para me manter ocupado, e assim foi feito.

Vimos filmes e saímos para caminhar, quando a noite caiu sobre nós, me deitei e mandei uma mensagem para scaramouche.

"Vá dormir, já está tarde."

"Como se minha insônia me deixasse né."

"finge que eu tô aí do seu ladinho."

"Hm... Vai me fazer corar~"

"Te agarrando com força, só imagina... Meus braços em volta da sua cintura fina~"

"Eu vou é pra cama que eu ganho mais."

"Boa noite meu anjo."

"Boa noite..."

Scaramouche

Fechei os olhos, tentando acalmar os nervos. Meu rosto estava vermelho e meu coração batendo em uma velocidade extrema.

    – Tudo o que eu quero é que você venha aqui e me agarre de verdade...–

Murmurei para mim mesmo, deixando minha mente vagar por cantos inalcançáveis para a realidade momentânea, enquanto lentamente caio no sono.

--continua--

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