Sin Puppet (Part 1)

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Seis meses antes...

— Senhor Tomlinson? Eles chegaram. — O segurança, cujo terno preto moldava sua musculatura, proferiu o anúncio com uma reverência implícita.

O homem de trinta anos assentiu com um gesto de cabeça, indicando que estava pronto para realizar a recepção. Com uma graciosidade que contrastava com a aura de poder, ele se ergueu da cadeira de couro caramelo, que tinha a majestade de uma poltrona presidencial. Apoiando-se na mesa de madeira maciça, os dedos tatuados deslizaram sobre a superfície polida, conferindo-lhe um toque suave antes de alcançar a arma, uma peça meticulosamente polida.

Com um movimento habilidoso, ele acomodou a arma no cós da calça, na parte de trás de seu corpo, escondendo-a sob o impecável terno feito sob medida. Cada movimento era um retrato de confiança, testemunhados pelos passos firmes os quais ecoam pela grandiosa mansão do mafioso. Caminhando pelo o extenso corredor, entre esculturas de mármore e revestimento adornados com ouro, Louis Tomlinson dirigia-se até a sua opulenta sala de estar.

A mescla do modernismo e a estética renascentista era a alma daquele ambiente, manifestada em pinturas penduradas nas paredes, narrando histórias de conquista e poder. Além da imponente mobília que preenchia o gigantesco cômodo. Diante de toda a pomposidade, entretanto, o que mais se destacava estava no centro da sala.

Como uma peça de ballet cuidadosamente coreografada, estava uma figura graciosa e pequena. Vestido com uma roupa de bailarina que parecia ter sido costurada sob medida para a sua delicadeza, o jovem de dezesseis anos estava imerso em um tutu de camadas suaves, um collant rosa marcava seu corpo fino e sem muitas curvas, e uma fina meia-calça quase transparente cobria suas pernas. Seus lábios, rosados e levemente entreabertos, exibiam uma vulnerabilidade que se misturava com seus olhos verdes, amplamente abertos de espanto e medo.

Os cachos dourados do garoto prometido ao mafioso caíam como uma cascata de seda, adicionando uma nota de inocência à sua presença no meio do esplendor. Ele era a antítese visual do homem que se aproximava; este fazia um sinal para que todos os outros presentes no ambiente se afastassem.

Tomlinson avançou em direção ao jovem encurralado, que abraçava seu próprio corpo com fragilidade. Sua mão tatuada alcançou o rosto de porcelana, e ele se inclinou suavemente.

— Não tenha medo, boneca. Ninguém aqui irá te machucar. — Disse, deslizando as costas da mão sob a bochecha quente.

O mais novo analisava o mafioso com certo receio. Ele não respondeu, apenas ficou paralisado e sem reação. O homem suspirou frustrado, vendo que precisaria de muita paciência.

— Pode me chamar de Lou. Você é o Harry, não é isso? — Perguntou suave.

— Sim... — Murmurou o garoto vestido de bailarina.

— Vou te apresentar a sua nova casa. Tenho certeza que é bem mais interessante do que a sua casa antiga. Me dê as mãozinhas, boneca. — O homem ajustou a postura e esticou a mão para Harry, este deu a mão, onde Louis depositou um beijo casto.

O garoto de olhos verdes segurava a mão tatuada e forte com uma mão e, com a outra, abraçava o braço do homem, sentindo seu corpinho trêmulo no meio daquele espaço tão opressor. Cortando o corredor, viraram na primeira porta à direita.

— Pode abrir, docinho. — O mais velho disse, incentivando Harry, este apenas respondeu balançando a cabeça negativamente e escondendo o delicado rosto entre o braço e a cintura do homem. — Ok... eu abro então.

Louis tocou a maçaneta dourada, em seguida  destravou a porta. Esta rangia suavemente conforme aberta, revelando o espaço por detrás. O mafioso, tinha seus dedos traçando suavemente os cachos de Harry, como quem tenta acalmar um animal assustado.

Perversion || Book Smut || L.SWhere stories live. Discover now