05 - Você não me deu a chance de responder.

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Eu tentei procurá-lo o dia todo, desesperadamente, desejando me aproximar de Izuku. Mas, de alguma forma, parecia que o destino conspirava contra minha vontade. Cada passo que eu dava em sua direção era frustrado por circunstâncias imprevistas.

Ao longo dos corredores movimentados da escola, minha determinação era visível em cada passo que dava. Eu avançava entre grupos de alunos, escaneando rostos na esperança de encontrá-lo. Meu coração batia acelerado, a ansiedade crescendo a cada segundo que passava.

No entanto, parecia que o universo conspirava contra mim. Como se houvesse uma força invisível, tudo ia contra minha vontade. Às vezes, ele parecia estar em um lugar e, quando eu chegava lá, ele já havia partido. Era como se nossos caminhos estivessem destinados a se desencontrar dentro daquela imensa escola.

Continuei tentando, persistindo por entre salas de aula, cantos de recreio e corredores labirínticos. Minha determinação não se abalava, pois acreditava que uma conversa era crucial. Eu queria entender, compartilhar meus pensamentos e ouvir os dele.

Mas conforme o tempo passava, a frustração aumentava. Cada vez mais, surgiam obstáculos inesperados que nos separavam. Encontros marcados que não aconteciam, mensagens que não alcançaram seu destino ou simplesmente eram ignoradas. Parecia uma batalha contra o destino, onde a vontade de aproximação era vencida pelo acaso.

Dentro daquela escola, nós dois éramos como navios que passavam um pelo outro na escuridão da noite, sem possibilidade de se encontrarem. E assim, apesar dos meus esforços incansáveis, não fui capaz de encontrar uma resposta, uma explicação para o inexplicável os desencontros, parecia que alguém sempre avisava que eu estava me aproximando e falava para ele se afastar.

No entanto, eu não desisto facilmente. Mesmo que nossos caminhos se tenham cruzado e depois se separado naquela escola enorme, ainda guardo a esperança de que em algum momento nossas trajetórias se reencontrem. Vou conversar com esse brócolis, nem que eu tenha que achar onde a mãe dele trabalha pra conversar!

— Katsuki. — Eu ouvi o chamado de Mina, meus olhos se focaram na rosada que olhava pra mim de maneira preocupada, não posso a culpar, já que pelo milagre de Deus eu fiquei quieto o resto das aulas. Entendem o quão raro isso é? — Você tá bem, amigo? 

— Não tô. — Resmunguei enquanto caminhava para fora deste inferno sendo acompanhado por ela. — Chegar em casa eu vou comer pra caramba, vou tomar um banho e vou deitar. Tô cansado pá porra.

Não… Eu ainda não tinha contado pra ela que meu homem havia me beijado. Sei lá, eu conheço minha melhor amiga e a possibilidade dela gritar para a escola toda escutar é alta, então melhor falar para ela quando a gata tiver chegado em casa.

Se ela gritar lá, a mãe dela mete o socão na fuça dela e usa a cara dela de pano de chão pro asfalto. 

— O que rolou?

— Agora não, Mina. 

Afirmei com rapidez para tentar finalmente alcançar Izuku. Não sabia o que iria falar; muito menos o que faria quando o alcançasse. Mas sabia que ao menos uma atitude eu precisava tomar.

Eu queria sair rápido pra não dá brecha de me encontrar com a Momo e ficar naquela enrolação melosa sem necessidade. Não tô nem aí pra nada. Só quero achar o Izuku e o resto que se foda.

Basicamente corri pelo corredor em busca dos fios verdes que aparentava estar correndo de mim. E isso ficou mais claro quando ele olhou brevemente para mim e começou a andar mais rápido.

Ah não. Não vai ficar assim nem fudendo.

Todoroki estava com ele. Rindo como se estivessem brincando de pega pega. Mas acha que me importei com isso quando acatei o pulso do Izuku e simplesmente o arrastei comigo sem me importar qual seria a reação de ambos?

Desabafo do dia meninas: Que nerd gostoso! - BakuDeku.Where stories live. Discover now