MEU PONTO FRACO

Capítulo 13

THOMAS OLIVER

ESTÁ ACONTECENDO. A GAROTA que eu sou obcecado está se declarando para mim.

Meu coração está acelerado, minhas pernas estão fracas e minhas mãos estão trêmulas.

Eu mal me reconheço. Quantos anos eu tenho, treze?

Depois de toda a merda que aconteceu durante o dia, eu cheguei em casa pronto para encarar uma Nina cheia de ódio, mas ela estava dormindo.

Abri a porta de seu quarto e ela não se mexeu quando a chamei, por isso decidi que era melhor esperar por ela.

E ela veio. De madrugada, entrando no meu quarto com tudo e me acusando de tudo que eu não havia feito.

Me dói todo o peso que caiu sobre mim, mas me dói ainda mais toda a culpa que ela carregará mesmo sendo inocente.

Ninguém vai acreditar que eu nunca a favoreci e o pior de tudo isso é que eu a avisei antes mesmo de me envolver com ela. De me apaixonar por ela.

Sofro com as suas acusações e acho que nunca chorei na frente de alguém, mas agora eu choro como se fosse a atitude mais fácil e digna a se fazer.

Não é só pela situação atual, mas por toda uma história que não vivemos por medo de que nos descobrissem e agora todos sabem de apenas um ponto da história e deduziram todo o resto.

Que merda eu nos meti?! Sinto tanta raiva de mim mesmo. Eu deveria ter sido mais cuidadoso. Deveria ter me policiado mais e nunca deveria ter transado com ela.

Mas quem eu quero enganar? Nina é tudo que eu preciso e mais um pouco. Nenhuma outra mulher foi capaz de me fazer perder a cabeça depois que meu último relacionamento acabou e agora eu estou aqui, totalmente a mercê de uma garota que é também minha aluna e ela está me pedindo para namorar com ela.

_ Você não vai dizer nada?

Sinto o desespero em sua voz, mas não consigo parar de pensar que eu deveria ter feito o pedido. Que ao menos uma vez eu deveria ter assumido os meus sentimentos e pensado com o coração.

_ Eu não posso aceitar esse pedido.

Digo a pior coisa que poderia, mas a minha intenção não é partir o seu coração. Eu quero o momento para mim. Quero lhe pedir em namoro de forma digna, não como uma saída para o nosso problema.

_ Tá bem. Eu te entendo, Tommy.

Ela se levanta, mas eu não posso deixá-la sair.

_ Não, Nina, você não entende.

A puxo para o meu colo e porra, ela está só de calcinha e camiseta. Tento não pensar com o pau e me concentrar nos meus sentimentos mas é difícil quando ela se encaixa perfeitamente em mim, com uma perna de cada lado.

_ Não vamos assumir o que sentimos como alternativa para o caos em que estamos. Eu quero namorar com você, mas sou eu quem vai fazer o pedido. Quero te levar pra jantar e tomar um vinho primeiro.

Olho em seus olhos e puxo sua camiseta para cima. Liberando seu corpo para que eu possa beijar, lamber e morder. Eu estava com tanta saudade.

_ Mas pode se considerar minha, por que eu sou seu, Nina. Completamente seu.

Ela se remexe em meu colo ao sentir a minha ereção. Seus cabelos estão soltos e a julgar pelo curativo na testa ela parece tão frágil e vulnerável que não sei se devo foder com força ou apenas fazer amor.

Acho que é ela quem decide. Porque eu perco o rumo quando ela afasta a calcinha, retira meu pau da cueca e se senta com tudo.

_ A camisinha - Digo em sua boca quando ela me beija.

_ Eu quero sentir você.

Nina me empurra para que eu me deite na cama e me cavalga como eu bem lembrava. Linda e gostosa. Meu pau está tão duro que mais ninguém poderia conhecê-lo assim. É por ela e pra ela.

Vejo-a se tocar enquanto senta e me seguro para não gozar. Ouço seus gemidos e ela sai de mim para ficar de quarto. Tão rápido eu a penetro e mais rápido ainda ela treme no meu pau.

É maravilhoso poder senti-la. Estar dentro dela depois de tanto tempo e com a certeza de que apenas estamos fazendo o que um verdadeiro casal faz. Sexo e amor.

Seguro em sua cintura com as duas mãos enquanto soco com força e me excito ainda mais quando ela me pede para lhe bater.

Sei o que ela quer e lhe dou um tapa forte na bunda. De um lado e depois do outro. Deixando a minha marca para que eu possa apreciar o quanto ela é minha.

_ Onde você quer que eu goze?

_ Dentro.

Um fio de lucidez transpassa a minha mente, mas se esvai assim que Nina contrai a buceta em mim. Gozando pela segunda vez, então eu me derramo dentro dela.

Saio tentando visualizar seu rosto e ele está sorrindo. Feliz por ter transado e nem um pouco preocupada pela ausência da camisinha.

_ Você vai tomar uma pílula do dia seguinte, não é?

Não quero ser rude pós-sexo, mas ela precisa tomar.

_ Você pode ir comprar?

Que alívio. Sei que também sou responsável por isso, mas um filho é a última coisa que nossa vida precisa agora.

_ É claro. Podemos tomar um banho primeiro?

São três horas da manhã e eu vou sair para ir à farmácia. Não quero esperar que o dia amanheça ou caso contrário nem dormirei.

Nina corre até o banheiro e tem meu gozo escorrendo por suas pernas. Ajudo-a a tomar banho e nos beijamos mais algumas vezes antes que eu saia.

_ Não quer mesmo que eu vá com você? Está tarde.

_ Não é necessário. Eu vou de carro a uma farmácia 24h e volto rápido. Fique aqui deitada, mas não durma, ok?

Levo cerca de vinte minutos para retornar com o remédio e depois que ela toma, nos deitamos na cama prontos para dormir. Com Nina em meus braços e uma certeza de que esse é o único lugar que eu gostaria de  estar.

_ Eu posso tomar anticoncepcional ou colocar um DIU como a Marina, sei lá.

_ É o que você quer?

_ O que eu quero é fazer sexo sem camisinha. É mais gostoso - Ela esconde o rosto em meu peito, com vergonha.

Acho que o meu sorriso é largo demais pela preferência dela.

_ Nós podemos fazer alguns exames de IST's só para garantir? Confio que você não tem nada, mas não faz mal nenhum prevenir.

_ É claro que podemos. Você procura um local que se sinta bem e nós fazemos.

Ela se aconchega ainda mais em meus braços.

_ E quando é que você vai fazer o pedido? Eu quero ter um namorado.

_ Em breve. Eu prometo.

Dou um beijo em sua cabeça, sentindo o cheiro bom de seu cabelo e assim nós pegamos no sono.

Um sono tranquilo e profundo como eu não pensei que seria possível depois de tudo que aconteceu.