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Um ano atrás.

NITARA COLOMBO

Héctor me abraçou e deixou um beijo nos meus lábios. Eu soltei uma risada toda bobinha e abracei ele de volta. Ouvimos a minha sogra nos chamar para tirarmos uma foto e eu fiz pose, enquanto o meu namorado resmungou.

— Mãe! Para com isso. — o moreno pediu. Cristina xingou ele. Às vezes eu zoava o Héctor dizendo que a família dele preferia a mim do que a ele. O pior de tudo era que até a mãe dele concordava.

— Seu moleque, olha a Nitara, toda bonitinha. Tira uma foto com ela agora, caso contrário eu vou aí e puxarei a sua orelha. — Cristina disse. Héctor e eu nos entreolhamos e ele deixou um selinho na minha boca. — Isso, crianças... Fiquem parados. Exatamente! Que bonitinhos! Eu estou orgulhosa de vocês, meus bebês.

— Cadê as fotos, sogrinha? — eu perguntei animada. Me desfiz do abraço do meu homem e abracei a mãe dele. Nós duas fizemos o nosso toque de mão inspirado em 'Operação Cupido' e rimos juntas. — Eu amei. Precisamos tirar uma de nós duas sem o resmungão do seu filho.

O motivo disso tudo? Eu e o Héctor passamos de ano e ano que vem estaríamos no terceiro ano do ensino médio. Agora estávamos em um jantar da família dele em comemoração a isso. Cristina queria fazer uma festa, mas o meu namorado pediu para fazermos somente um jantar.

(...)

Héctor me abraçou por trás e deixou um beijo na minha têmpora. Estávamos no quarto dele e acabamos de fazer você-sabe-o-quê. Nós tiramos a virgindade um do outro e isso era tão vergonhoso de contar para qualquer um.

Meu Deus. Não sei nem o porquê de eu estar falando sobre isso.

Ouvimos alguém bater na porta e eu e o Héctor nos entreolhamos brevemente com os cenhos enrugados, obviamente confusos. Eu apontei com o nariz na direção da porta e ele resmungou, colocando um short e eu coloquei uma blusa dele do Barça que cabia duas de mim.

— Oi, crianças. — eu ouvi a voz da minha sogra. Eu arregalei os olhos e entreabri a minha boca. Joguei a coberta por cima de mim rapidamente e fingi estar dormindo. — Querida, eu sei que você está acordada.

Merda.

— Oi, sogrinha. — eu forcei um sorriso. Nada tirava da minha cabeça que ela nos escutou. Agora eu com certeza era uma piranha que deu para o filho dela na mente dela e com certeza eu logo logo seria proibida de entrar na casa da família Garcia. Oh não.

— Oi, norinha. — Cristina disse. Um sorriso torto estava nos meus lábios. Ela mostrou as mãos dela e haviam diversas cartelas de preservativos. Eu arregalei os olhos e a minha boca fez um perfeito 'o'. Héctor teve a mesma reação que eu e nós nos entreolhamos rapidamente. — Olha, eu não quero atrapalhar, mas precisamos ter uma conversa séria sobre atos libidinosos na idade de vocês.

— Mamãe! — Héctor esbravejou. O meu namorado tentou empurra-la carinhosamente para fora do quarto dele, mas ela ameaçou pegar o chinelo dela.

— Mamãe é a porrada que eu vou te dar se você não deixar eu terminar de falar, garoto. — a minha sogra disse. O meu namorado soltou um suspiro e balançou a cabeça em negação. — Bom... Sexo é algo íntimo sabe? E é bom, vocês sabem que é né. — Cristina alinhou os lábios, movimentou os ombros para cima e para baixo e revirou os olhos de forma humorada. — Mas vocês precisam tomar cuidado para não acabarem destruindo a vida de vocês com uma gravidez indesejada. — a loira encarou diretamente o Héctor e eu arregalei os meus olhos. Prendi uma risada de escapar. — Não que você tenha sido indesejado, meu filho... Mas você deu muito trabalho por cagar nas calças e não querer fazer o desmame até os dois anos de idade.

— Mãe... — o meu namorado repreendeu-a.

— Cala a boca! Parece que só a Nitara me respeita nessa casa. — a loira bufou. Ela balançou a cabeça em negação e bateu os pés no chão diversas vezes. — Enfim... E para isso vocês precisam tomar cuidado com certas coisas. Usem preservativos e Nitara, tome anticoncepcional. Eu quero muito ser avó, mas não por agora.

— Tudo bem... — eu murmurei. Eu não sabia onde pôr a minha cabeça.

(...)

Seis meses atrás.

— Fala sério, Garcia. Você vai terminar comigo pelo celular? — eu perguntei abismada. Espanhol fodido e maluco. Odeio europeus. Oh, não... Soou péssimo. Desculpa. — Você é louco?

Calma aí, Colombo. Você está a milhares de quilômetros longe de mim. — Héctor retrucou. — Você acha mesmo que eu vou pegar um avião e te encontrar no Rio de Janeiro somente para dizer um 'Oi, terminamos tá?'?

— Se você fosse menos ansioso e esperasse eu chegar em Barcelona nós poderíamos resolver isso como dois cidadãos normais. — eu disse. Héctor estalou a língua por trás da linha. — Foda-se também. Faz o que você quiser, só não corra atrás de mim de novo como você sempre faz.

— Não vou. — ele disse seguro de si. Eu aposto cinquenta euros que ele virá atrás de mim em menos de nove meses! Não, dez, já que nove ficou estranho.

— É o que veremos. — eu disse.

— É. — o moreno disse por trás da linha.

— Uhum. — eu retruquei.

— Isso aí. — ele retrucou. Enruguei a testa e revirei os olhos, encerrando a chamada.

Eu não acredito nisso...

—# 🎄

risosrisosrisos

VOTEM e COMENTEM BASTANTE para o capítulo 1 ser postado rapidinho!!

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exmas, hector fort.Where stories live. Discover now