Capítulo 35

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O cheiro da comida japonesa fazia o estômago do casal pular de alegria. Coraline comia o querido temaki, enquanto jones devorava o sashimi de frente para a mulher na mesa. Fora da casa já encontrava-se anoitecido e frio. Deixando-o clima ameno e aconchegante, a filha do casal estava dormindo no quarto,proporcionando um momento romântico e único para os pais.

- Jones- coraline encarou o homem, pegou a taça com o vinho rosé piscine stripes suave e derramou garganta dentro sentindo satisfação. Percebeu que jones encarava-a com dúvida e incerteza.- vamos conversar... Quero saber tudo sobre você.

- você não deveria está consumindo álcool.- repreendeu-a com uma careta.

Coraline fisgou o sashimi do prato dele e colocou rapidamente na boca ignorando o aviso do homem. Inclinou o corpo para frente e soltou um sorriso de lado.

- por que você sempre faz isso ?

- o que ? - hesitou vasculhando a expressão da mulher, percebeu que coraline já começava ficar desconfortável com o rumo da conversa.

- muda drasticamente quando tento lhe conhecer melhor, afinal, não posso viver com um cara que nem mesmo sei a cor favorita.

- é preto... Isso não é um quebra-cabeça. Não precisamos dificultar as coisas, mas sei que suas perguntas terão outro rumo.- contemplou a mulher murchar na cadeira. Então deixou o orgulho de lado e permitiu as investidas dela- ok. Pode perguntar o que quiser, menos dos meus pais. Não quero falar e nem pensar sobre eles.

- ah tudo bem, eu nem iria tocar nesse assunto mesmo- Coraline ajeitou a postura toda contente e prosseguiu.-quero saber sobre sua antiga vida amorosa, organização e como funciona, sobre suas conquistas durante esse tempo e suas verdadeiras paixões.

- vamos lá então... Comecei me relacionar bem novo, por volta dos doze ou treze anos, a experiência foi ótima mas complicada,pois a pessoa era o dobro da minha idade e gostava de ficar dando ordem e sabe né, não sigo e nem gosto de regras.

- o dobro ? Quantos?

- 19 anos de diferença.

- mas isso é considerado estupro de vulnerável.

O homem mudou completamente a expressão,colocando uma máscara para tentar disfarçar seu desgosto.

- não posso afirmar isso, na época eu quis e antes não tinha lei e artigos que comprovasse que a pessoa estava cometendo um crime-deu uma pausa respirando fundo.- continuando, só namorei uma vez,pois todas as pessoas que tive relação sexual foi casual.

- Marina?

- você- sorriu perverso.- nunca sequer namorei com ela, só tivemos rolo casual, mas ela é complexa e fantasiou algo que jamais poderia oferecer para ela.

- o que seria ?

- amor- coraline rolou os olhos em jones observando ele franzir a testa como se estivesse tentando se lembrar de algo.- acho o amor fascinante e bizarro ao mesmo tempo. Pois você conhece uma pessoa, se entrega para ela e espera que a destinada tenha um pingo de decência para retribuir. No entanto se der certo, você passa o resto dos seus dias amando e observando os anos lentamente com a pessoa e sentindo a velhice lhe consumindo aos poucos. Mas não acho nenhum pouco atraente viver uma vida pressa alguém, ainda mais no mundo que vivemos onde a maldade e traição está batendo e morando na porta ao lado.

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