Lee Heeseung é um escritor de 22 anos que acaba de lançar sua mais recente obra, eventualmente, fazendo parte do Encontro de Sonhos e na festa que o segue para comemorar não apenas sua conquista como a de outros autores.
No entanto, após algumas gar...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
✦
"Oh, yeah Did I catch your attention?"
O despertador começa a tocar. São exatas sete horas da manhã, os pássaros do lado de fora voam e cantam alegremente, o sol apareceu há pelo menos duas horas e é de rachar a cabeça de qualquer um com o calor escaldante. O verão não é para qualquer um. Looking at Me, da Sabrina Carpinteira — como é carinhosamente chamada por Riki — é o som que o acorda de supetão e o deixa assustado.
"You look like you lost your breath, uh"
Riki realmente perdeu o ar por um momento, porque costuma ser a pessoa com sono de mãe, daqueles que quando o filho acorda, ela se levanta com medo, um olho grudado, o outro não sabendo para onde encarar, o cabelo desgrenhado, as mãos espalmadas na cama, metade do corpo levantando e a respiração trancada, quase como se estivesse se afogando — com o absolutamente nada — além, é claro, dos questionamentos comuns.
"O que foi?" "O que é que 'tá acontecendo?" "Quem morreu?" "A casa 'tá pegando fogo?"
Mas Riki não faz isso porque não há ninguém além dele no próprio quarto, o que é bom também, porque senão, certamente estaria sendo levado por uma ambulância até o hospital mais próximo com ataque'taque-cárdia, pressão baixa, tão baixa que passa do inferno.
"Don't you stand there staring, honey Try to move your feet"
E é dessa forma, recuperando-se do susto, que o Nishimura mais novo se descobre, largando o cobertor para o lado esquerdo de sua cama de qualquer modo, colocando as longas pernas para fora da cama e encostando os pés no chão frio. Uma bela forma de conseguir trocentas doenças, mas ele não se preocupa tanto com isso, a imunidade está em dia, nem parece que qualquer coisa passa quase uma semana de cama e escutando sua mãe reclamando sobre como é imprudente com a própria saúde.
Com o contato frio na sola dos pés ao que Riki se levanta, ele pula para que não encoste no chão, mas isso não passa de uma coisa rotineira.
O despertador toca, ele levanta, pula e, em questão de segundos, com o corpo mais quente e desperto, começa a dançar animadamente pelo quarto. Não importa quantas vezes o mesmo trecho ressoe no cômodo, Nishimura se remexe como se sua vida dependesse disso. Ele também nunca se desagrada, e se isso acontece, usa como pretexto para não mudar o som e, consequentemente, desligá-lo o mais rápido possível.
O que, verdadeiramente, não é o caso.
Riki se move de um lado para o outro, girando que nem uma roleta, cantando como se fosse o maior astro do Rock Doido no palco improvisado, completamente imaginário. O ritmo envolvente da música faz com que seu corpo se entregue à dança de corpo e alma, e os gestos extravagantes revelam a personalidade efervescente do rapaz logo pela manhã. Com os olhos fechados, ele se deixa levar pela melodia, transformando o espaço comum em seu próprio mundo de performances.