Capítulo 36

46 22 14
                                    


1997, reno nevada •

Os olhos do garotinho escorria lágrimas e incertezas, queria que aquilo parasse de machucar sua alma, mas estava além do limite. Sentiu suas pernas perderem as forças e seus lamentos simplesmente desapareceram de sua boca. Viu aquelas pessoas saindo do quarto com sorrisos malvado no rosto, mas o que doía era seu peito. Seu coração estava despedaçado no buraco, se um dia viu algo bom no mundo, tinha morrido naquele dia. Observou a mãe sentada em um canto com uma câmera, analisou a mulher olhar para si com amargura e rancor. Mas estava tentando ficar com os olhos abertos, sentia-se cansado,completamente destruído. Quando olhou novamente naquela direção, só encontrou amontoado de roupas no guarda roupa, assim apagando completamente em um sono profundo.

Dias atuais•

O dia começou acinzentado e úmido, as pessoas na avenida usavam casacos e guarda-chuvas no braço. Coraline acordou naquele dia sentindo um sentimento inexplicável, sabia que no dia anterior presenciou algo bizarro de si, mas não gostou da forma como sentiu-se abandonada. Jones e ela não tinha trocado uma palavra sequer, o homem chegou do parque e fora direto para o escritório. Stuart até pisou no orgulho, no entanto o homem não deu abertura, nem mesmo para conversarem.

Ela sabia o motivo, mas simplesmente não queria aceitar, afinal, jones era o problema ali e não ela.

Entrou no banheiro e tomou um banho, fez suas necessidades e colocou a roupa preta favorita. Deu um banho na filha também e arrumou-a. Em algumas horas iria para veneza e sabendo o temperamento do namorado, nem atreveria desafia-lo.

Pegou o elevador e direcionou-se no andar do casal, fora recebida com sorrisos e puxões. Sentou-se no enorme sofá deixando a cabeça em uma almofada.

- por que ele está agindo assim?

O casal olhou para si com dúvidas.

- quem ?

- Jones. - respirou profundamente olhando o ambiente ao seu redor, notou que o apartamento do casal era bem organizado, cores pastéis estavam presente em todo canto fazendo coraline questionar se fora stacy que planejou aquilo. - dei uma saída para ele, no entanto ele transformou-a em um problema. Então volto perguntar, por que ele está agindo assim? Não consegue lidar mais ?

Peter sentou ao seu lado no sofá, enquanto a loira pegou a neném e fora para outro cômodo deixando-os a sós. Coraline olhou para o johnson analisando a feição do amigo expressando seriedade.

- você deixou ele de calças curtas, james tem muitos problemas e sabe que se der brecha, isso pode interferir em todas suas decisões. Por exemplo, a esquizofrenia, desconfio seriamente que ele possuí. Sem contar que james tem muitos problemas com alucinação, o que faz ele perder completamente o efeito da realidade.
O loiro abriu os primeiros botões da camisa social, virou o corpo para stuart mostrando uma cicatriz enorme que cobria seu braço.

- ganhei essa em um dos surtos de james, ele alucinou um dos nossos rivais e me atingiu em cheio. Por sorte eu virei o corpo, se não tinha pegado direto no meu peito. - coraline olhava aquilo com medo e receio, não sabia o que pensar pois queria acreditar que jones tinha solução. Mas se por acaso estivesse errada, e se na verdade ele só pudesse lhe oferecer aquilo, conseguiria conviver sabendo que a qualquer momento poderia ser machucada ou o pior morta.

- vou procurar um psiquiatra! Ele quer ajuda, então vou lutar por isso. Mas ainda não entendo a cabeça dele, uma hora ele está querendo minha cabeça e na outra querendo me proteger. Tenho medo dele está confundindo as coisas, achando que me ama e depois acordar em um dia e me matar.- o loiro ouvia coraline com a cabeça baixa, as palavras entrava em seus ouvidos como facas. Sabia que a moça de cabelos curtos estava completamente certa, o amigo não era estável. Uma chance e ele já explodia, sem contar que poderia muito bem machucar a própria filha em uma crise psicótica.

Amor cruel Where stories live. Discover now