Capítulo 11~

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***NÃO REVISADO ***

Dafne

Trabalhei até mais tarde ontem para conseguir aproveitar meu dia de folga hoje, mas parece que isso era uma situação impossível. Levantei cedo e ainda não consegui nem almoçar, revisando relatórios e mais relatórios.

Já estava escurecendo quando o estômago começou a reclamar de fome, então decidi largar tudo e fazer algo para comer, fazia tempo que não cozinhava alguma coisa, então hoje foi o dia de relembrar.

Coloquei a comida no fogo e fui até a sala ligar a tv, que há tempos também não usava.

-Finalmente agora pouco terminou o assalto com reféns, em uma residência no centro. -começou a jornalista. Ouvia atenta, enquanto fui até a janela e tomei um gole de chá. -Houve troca de tiros com a polícia e um policial, apesar de ferido, encontra-se em quadro estável. Já um dos três assaltantes acabou morrendo no local. -saí da janela e prestei atenção no jornal, as imagens me chamaram atenção, principalmente porque acho que vi Matt junto aos policiais ali.

Soltei a xícara sobre a mesinha de centro em busca do celular. Disquei o número de Lia, e esperei ansiosa para que ela atendesse logo. Chamou, chamou e quando já estava quase desistindo ouvi sua voz.

-Lia, o que aconteceu? -fui logo perguntando. -Matt está bem? Acabei de ver no jornal.

-Matt está bem, graças a Deus, não lhe aconteceu nada. -senti um alívio. -Eles estavam juntos fazendo uma investigação e acabaram no meio do tiroteio com os policiais.

-Eles? -questionei.

-Sim, Matt e Joe estavam juntos. -meu coração ganhou um ritmo de batidas mais fortes.

-Ele está bem? -perguntei cautelosa.

-Está sim. -senti alívio com suas palavras.

Corri para a cozinha quando lembrei da comida. Me despedi de Lia e fui logo procurando o número de Joe.

Demorei um pouco para ter coragem de ligar e perguntar se ele estava bem, não fazia muito tempo que ele havia levado um tiro, e agora lá estava ele no meio de balas outra vez. Não tive muito sucesso nas chamadas, estava caindo na caixa de mensagem. Acho que é melhor assim, sem muito contato. -a campainha tocou e fui até a porta. Achei estranho, quase ninguém sabia meu endereço. -abri a porta. E lá estava ele... Joe Wayans. Fiquei sem reação.

-Você parece péssimo. Entra. -acenei lhe dando passagem. Ele estava visivelmente cansado, cheio de olheiras, o que denúnciava longas horas sem dormir.

-Não pareço, estou. -ele parou e esperou por mim.

-Quer jantar? -andei para a cozinha e ele me seguiu.

-Você que fez? -assenti sorrindo travessa. -Então aceito. Faz tempo que não como comida caseira.

-Não vai se arrepender, não está tão ruim. -apontei para a comida. Ele assentiu. -Que bom que está bem, você e Matt...

-Sim, por sorte, não nos aconteceu nada. - ele assegurou.

Joe me ajudou a arrumar a mesa e após jantarmos. Era estranho vê-lo aqui, o jantar foi em silêncio. Só consigo prestar atenção no quanto ele parece esgotado. Ele se ofereceu para lavar a louça em agradecimento e depois fomos para a sala e sentamos um ao lado do outro sem jeito.

-Você precisa descansar. -quebrei o silêncio.

-Sim. Há dias não durmo direito. -ele forçou um sorriso fraco. -Faz tempo que um caso não me dar um pingo de sossego assim.

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