•prólogo•

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Taehyung amava quando seu primo Namjoon ia até sua casa passar um final de semana, pois assim eles brincavam até tarde nos becos e vielas da quebrada onde morava. Seus pais confiam no Kim ainda mais por ser mais velho e, segundo eles, Namjoon era mais responsável, coisa que Taehyung não levava a sério.

Era domingo quando seu pai avisou aos dois pequenos que eles deveriam se arrumar, pois logo sairiam, a família ia casa da irmã mais velha — mãe de Namjoon — para o tão sonhado chá de bebê, tendo em vista que Namjoon teria uma irmãzinha logo. Eles obedeceram ao pai de Taehyung e ficaram no carro aguardando seus pais colocarem a comida e outras demandas que levariam para o chá. Seria um domingo em família e só voltaria bem tarde da noite para casa.

Namjoon morava na comunidade vizinha, dava para ir andando, mas como tinha tantas coisas para levar, preferiram ir de carro.

— Todos prontos? — perguntou a senhora Kim, fazendo as duas crianças gritarem eufóricas no banco de carona e também arrancando uma gargalhada do senhor Kim.

O pai de Taehyung arrancou com o carro da pequena garagem e conforme ia passando pelo beco da comunidade aquela família cumprimentava todos os rostos conhecidos — eles conheciam diversas pessoas. Ali vivia muita gente do bem, que ajudava e estendia a mão para os demais e para aqueles que precisavam.

O Senhor Kim, por ser servente de pedreiro, sempre ajudou as pessoas que moravam naquela comunidade no que precisavam em suas casas e não tinham dinheiro para pagar, ele não pedia nada em troca, tendo em vista que quando passou por dificuldades muitos ajudaram sua família.

No entanto, quando estava saindo da comunidade, percebeu uma movimentação costumeira e preocupante na região, a famosa polícia fazendo o trabalho enquanto intimidavam moradores e pessoas de bem daquele lugar.

Taehyung não percebeu quando seu pai ficou apreensivo, já que estava entretido com a brincadeira de seu primo, mas se assustou quando escutou pessoas do lado de fora gritando em direção ao seu carro e não entendeu o porquê.

— Tae e Nam, mantenham as mãos em cima do colo, sim?

— Mãos para o alto! — gritou o policial de fora com uma metralhadora apontada para o Kim.

— Papai, por que ele tá fazendo isso? — Taehyung perguntou ao sentir suas lágrimas rolarem pelo seu rosto. Tinha medo daquelas pessoas mesmo sabendo que elas deveriam o proteger.

O senhor Kim fez tudo o que foi pedido, mesmo não entendendo o motivo daquela abordagem tão agressiva. Entretanto, sem tempo de sair do carro ou dos policiais irem revistá-lo para verificar os seus documentos que estavam em dia, um policial apareceu ao lado do que apontava a arma em direção aquele carro e sorriu.

Taehyung lembrava perfeitamente do sorriso sádico e do rosto do policial que acabou com a sua vida e a da sua família.

Aquele domingo que deveria ser de alegria e lazer, tornou-se um pesadelo, pois o senhor Kim levou oitenta tiros e morreu na presença do seu filho único e de toda a sua família.

[...]

Scrr, o que vocês acharam? Me conta aqui 🥹

Flores de Plástico Where stories live. Discover now