Meant to be | Tayvis

019 - EMERGÊNCIA

TAYLOR SWIFT POINT OF VIEW

– O que é isso? – Pergunto quando o homem muito alto e muito suado passa pelas portas.

Travis me passa uma bolsa pequena e diminuindo o fogo onde cozinhava nosso jantar, eu pego e abro a bolsa preta para encontrar uma jaqueta feminina do seu time dentro.

– Uau. – A jaqueta era realmente linda e eu instantaneamente estou apaixonada por ela. O que eu achava engraçado na maior parte das vezes era que o homem na minha frente nunca me pediu para sequer usar algo que envolvesse o seu número.

Levanto uma sobrancelha para ele.

– Nada de usar sua camisa por enquanto?

Ele dá de ombros, abrindo um sorriso sacana.

– Não ligo. O mundo inteiro sabe que você está lá por causa de mim. – Ele se abaixa para me dá um selinho rápido e eu reviro os olhos para ele.

– Talvez eu esteja lá para ver outra pessoa. O Pacheco parece jogar bem.

Ganho uma tapa na bunda com isso.

– Não é para o Pacheco que você faz bate e volta entre Nova York e aqui, é? – Ele tenta esconder seu cinismo, mas não consegue e rio, colocando meus braços ao redor dele e dando um beijo em sua boca.

– Não, você está certo. Meu marido é bom demais para que eu saia de qualquer lugar para outra pessoa. Praticamente perdi meu status de estrela para a 'garota do Kelce' desde que comecei a frequentar o seu camarote – Brinco, porque seus amigos, principalmente o Ross e o Aric faziam questão de mostrar que eu estava ali exclusivamente pelo meu marido e sempre que me apresentavam falavam que eu era a "garota" do Kelce. Provavelmente porque já sabiam que estávamos casados e era estranho me apresentar como namorada, e não dava pra me apresentar como Esposa porque ninguém sabia. Então eu tinha virado "A garota do Kelce".

– Impossível. Você é muito mais que uma estrela do Pop para te chamarem de "Algo" relacionado a mim. Tipo? Você é a Taylor Swift.  Por isso não precisa usar nada que te identifique como minha. As pessoas devem achar estranho o fato de que você está na minha suíte. Eu sei que é difícil de acreditar, ainda estou em negação também.

Abro um sorriso grande, voltando para o fogão e mexendo nosso jantar.

– Eu tenho acordado ao seu lado já tem um tempo agora e você ainda está em negação?

Ele dá de ombros.

– Ainda parece um sonho. Às vezes eu toco em você, só para ver se é real mesmo.

Era louco como homens pareciam tentar me ganhar com gestos grandiosos e na maioria das vezes... medíocres. Quando esse homem a maioria das vezes nem percebia que falava coisas mais lindas e adoráveis do mundo inteiro. Era algo novo para mim, ter a porta aberta do carro - não porque era uma obrigação ou para mostrar pro mundo. Ser elogiada por coisas básicas e da forma mais caseira do mundo. Era estranho e totalmente apaixonante a forma como ele me mostra que tudo o que eu pensava ser definitivo sobre mim eram coisas da minha cabeça, principalmente todas as manias e pensamentos sobre relacionamentos. Ele tinha despertado em mim todas as linguagens do amor, eu pensava nele toda hora e queria comprar coisas que lhe agradava, queria estar tocando-o toda hora, queria afirmar o quanto o amava.... queria, queria, queria.

Eu o queria todo para mim.

Sinto minhas bochechas queimarem.

–  Você está vermelhinha – Ele coloca sua mão no meu rosto, acariciando-me e eu me derreto toda.

– Você é tão... – Dou um beijo forte na sua boca.

Mas nos afastamos rápido o suficiente para que eu não queime a comida e ele sobe as escadas para tomar banho.