Capítulo 40

47 22 6
                                    



Jones observava a coraline conversando animadamente com um cara que por sinal ele conhecia perfeitamente. John Hughes. O bendito detetive e supostamente mafioso de uma organização desconhecida.

- achei que tinha lhe dado ordem para executar aquele miserável.- olhou para o amigo com ódio. - você nunca faz o que lhe mando, por acaso você tem algum problema auditivo peter Johnson ?

Peter desviou o olhar voltando atenção para o pessoal na mesa. Uns minutos atrás Jones tinha voltado com seu espírito maldoso, estava determinado novamente infernizar a vida da coraline.

- não precisa nem responder... Como dizem, se quer um serviço bem feito, faça você mesmo. É isso que farei.

Observou o salão, já não tinha muitas pessoas no lugar. O pessoal já localizava na boate alguns andares em baixo. Também pretendia ir no local, mas precisava ver até onde iria o hughes, analisava como o homem observava ela com desejo. Uma vez ou outra estudava as mãos do homem encostando na cintura da laviolette. Mas o que lhe cegou de ódio fora os lábios do homem encostando na bochecha de sua mulher. - vou acabar com aquele bosta... Mas primeiro vou afundar uma bala no crânio da coraline, ela pensa que é quem para deixar um qualquer toca-la.

- ah por favor james, ela é solteira. Não começa com esse ciúmes possessivo, afinal você mesmo disse que nem importava-se com ela. - stacy disse passando as mãos na barriga. - pelo menos esse cara dará valor nela. Uma coisa que você jamais conseguiria.

- mas não me importo mesmo, no entanto ela deveria me respeitar. Isso é uma falta de vergonha. Ela deveria ganhar umas belas palmadas naquela bunda... Nossa que bunda.- jones suspirou com o corpo fervendo.- eu não deveria ter vindo, isso está me enlouquecendo.

Ao longe viu o homem tentando pegar sua filha, mas abby mordeu o dedo do hughes e correu pelo salão. Quando estava prestes a sair do lugar, notou a mesa do jones e rapidamente direcionou para lá. Encarou o jones por alguns minutos com seriedade deixando o homem com dúvidas.

- posso te ajudar pequena? - averiguou a expressão da menina, abby subiu em uma cadeira e relaxou o corpinho no assento soltando o ar aliviada.

- eu sei que você é meu papai, tenho uma fotinha do Sr no meu quartinho todo rosa. Você e a mamãe estão sorrindo na fotinha, mas por que a mamãe te odeia agora? - a voz da menina invadiu imediatamente os ouvidos de jones deixando ele fascinado. Lembrou todas as vezes que brincava com a abby e a forma como a filha era uma neném indefesa. - você me odeia ? Por isso a mamãe não me deixa ficar perto de você ?

Jones olhou para a menina horrorizado, como poderia odiar a filha. Percebeu que coraline tinha ido longe demais com aquilo, pois a filha imaginara o pior do pai. Mesmo ele sendo um monstro.

- claro que não, meu amor- puxou a cadeira da menina e pegou ela no colo aconchegando em seus braços.- jamais odiaria você, o papai te ama muito. Mas as circunstâncias afastou sua mãe e eu, causando dor nos dois lados. Sim, confesso que errei demais com a coraline, mas jamais esqueci de você pequena. Eu senti saudades de você, minha filha. - Abby ainda tinha o cheiro de baunilha, Jones sentiu uma enorme nostalgia e quase derreteu no lugar.- mas me diz, como anda as coisas neném? Você está com quantos aninhos?

Rapidamente abby permitiu um sorriso invadir seu rosto e lábios, jones viu que a menininha tinha alguns dentinhos de leite na boca. E sorriu também contente.

Amor cruel Where stories live. Discover now