RITMOS

CAPITULO 38 - Realidade Adversa

Amanheci colada num corpo cheiroso.

Abri os meus olhos com certa dificuldade e me deparei com um anjo deitado ao meu lado e ainda agarrado em minha cintura. Aff! Como ele consegue ser ainda mais lindo e gostoso adormecido? Ele se moveu na cama e eu fechei os olhos, fingindo estar dormindo ainda. 

Ouvi um ruído na porta e esta se abrindo.

- Não acredito... Lalisa e Baekhyun? – era a voz de Rosé sussurrando.

- Vou matar esse loiro tingido!

- Vamos sair, Jisoo... Depois conversamos com a Lali. Deixa eles dormirem.

Ouvi a porta ser fechada novamente e Baek se moveu.

- Acho que vou morrer em breve.

Ri de seu comentário, mas não me mexi. Sua mão que estava sobre a minha cintura me apertou levemente e senti um selar em meu pescoço. Me espreguicei e levei os meus braços até seu pescoço o enlaçando e abrindo enfim, os olhos.

- Obrigada.

- Pelo que?

- Pela noite maravilhosa que me concedeu.

- Eu que preciso agradecer...

- Você sabe que foi o primeiro, não sabe?

- Sei, sim. E serei o último. – beijou-me e se levantou. – Preciso me apressar antes que a sua irmã me mate e eu seja o último ser vivo que esteve com você, de verdade.

- Engraçadinho! Não vai tomar café?

- Não tenho tempo. Temos uma sessão de fotos daqui meia hora. Como no caminho.

Após um longo e gostoso beijo, o acompanhei até a porta. E por sorte, não havia ninguém pelos corredores.

Voltei pro quarto. Como não havia nada agendado para aquele dia, Richard nos deu o dia de folga. Nos encontraríamos no evento da próxima noite.

 Voltei pra cama, sentindo o cheiro daquele homem maravilhoso, no travesseiro. Agarrei o mesmo e voltei a dormir.

Despertei com os gritos de Rosé dentro do quarto. Com o susto, despenquei cama abaixo.

- Você está louca? Precisa gritar desse jeito?

- Como você pode estar tão calma assim? Temos uma sessão de fotos... precisamos experimentar as roupas para o show...

- Calma, Roseanne... A apresentação é só amanhã. Temos tempo.

- Ei! Você tá é muito calma... – diz, me olhando desconfiada. – Não acredito que você e o...

Senti o meu rosto pegar fogo. Ela começou a rir, descontroladamente. Não parou nem quando estava a beira de um sufocamento. 

Súbito, Jisoo entra no quarto e joga um copo de água na mesma, que volta ao normal.

- Sem graça... – resmunga a loira.

- Que loucura toda é essa?

- Eu é que pergunto. A sua irmãzinha que dá o botão e você joga água em mim?

Jisoo me olhou confusa. De repente, ela sentou-se na cama e me encarou. Eu continuava agarrada no travesseiro.

- Hum... Vou matar aquele branquelo do mal!

- Q-Que? Quem?

- O mafioso! O azedo! O... O... como é o nome dele mesmo?

- O Suga?