CAPITULO 55 - Desespero

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Era tarde da noite quando despertei. 

Nem sinal de Layla.

Por um lado fiquei aliviada. Ela me transmite muito medo. Algo ruim. É como se a qualquer momento ela fosse me enfiar aquela faca no meu pescoço. Ainda não consigo entender aquela fixação pelo Yoongi. Ela já está noiva dele. 

Por que me sequestrar?

Eu continuava deitada sobre aquela cama suja, porém, as minhas mãos estavam livres. 

Senti lágrimas descerem pelo meu rosto dolorido pelos recentes cortes. 

A minha cabeça doía. Levei uma das mãos trêmulas até a minha nuca e senti algo molhado. Quando a trouxe de volta, vi o sangue escuro entre os meus dedos. Procurei o corte e percebi que ele ainda estava aberto. 

Encostei na cabeceira da cama e fiquei olhando para o teto, tentando não pensar no pior. Então ele veio em minha mente. 

Byun Baekhyun. O meu bebê!

* EXO Baekhyun FMV – Chloe Angel

Cada sorriso... cada olhar... o meu coração falhava uma batida.Lembrei de cada momento em que passamos juntos. A primeira vez que nos encontramos na praça, quando sai do hospital... Dos sorvetes escondidos... Das sessões de fotos, as quais ele fazia graça pra mim e levava bronca...

Me levantei com dificuldade e segui até o banheiro. Fiz as minhas necessidades e joguei água em meu rosto. Em seguida retornei para o quarto que era a minha prisão e comi um pouco da sopa que havia ali. Logo após isso, voltei a deitar na cama. Eu estava muito cansada. Sentia o meu corpo dolorido. Sem forças. Logo, peguei no sono novamente.

Não sei exatamente quanto tempo dormi, mas despertei com uma voz rouca próxima ao meu ouvido e um toque sutil balançando o meu ombro.

- Srta. Lisa... Por favor, acorde. Precisamos sair daqui.

Era o Jackson. Abri os olhos ainda sonolenta. O meu corpo não queria me responder, era como se ainda estivesse sonhando.

- Lisa, por favor...

Senti mãos a me erguerem, me colocando sentada.

- Srta. Lisa, precisa despertar. Temos que sair daqui antes que cheguem.

Juntei todas as minhas forças, no momento que ele pronunciou o nome de quem eu mais amo.

- Vou te levar até o Baekhyun.

Caminhei por aquela casa velha, me apoiando nas paredes, pois não tinha forças. Era como se eu tivesse sido drogada.

- O que você bebeu?

- Comi a sopa que você me deixou.

- Mas eu não estive aqui antes e não trouxe nada para você comer... Nossa! Temos que correr, eles devem ter mudado os planos.

Jackson me ajudou, segurando pelo braço e nos apressamos saindo dali, pelos fundos. A casa era rodeada por uma mata. Corremos para longe dela, nos infiltrando no mato e seguindo uma trilha. Eu mal conseguia pensar ou ficar de pé, mas corria mesmo assim, acompanhando o meu mais novo amigo.

O caminho era repleto de pedras e buracos e isso dificultava um pouco. Quando dei por mim, entrava num carro e eis que esse saía em disparada, logo pegando a estrada. 

Apesar da escuridão, avistei dois carros parados num cruzamento a frente, reconhecendo logo ele, no meio de Chany, Rick e um outro homem. O meu coração disparou em alegria. Não sei que forças me ajudou a sair daquele automóvel 

e correr para os braços de Baekhyun. Ele veio ao meu encontro, girando-me no ar, o que me deixou ainda mais tonta e enjoada que já estava.

- Baekhyun! – chama o homem. – Precisamos ir.

O rapaz assentiu e ainda com a mão em minha cintura, me encaminha para o carro de Chany, que já estava ao volante.

De repente, Jack grita e entra no carro do outro homem, que soube naquele momento que era o delegado responsável pelo caso de investigação do meu desaparecimento.

- CORRE!! ELES ESTÃO VINDO!

Foi um desespero completo. Comecei a chorar desesperadamente. Não queria voltar para aquele cativeiro, ou ter que encarar novamente aquela mulher. Ouve-se barulho de tiros.

- LISA, SE ABAIXA! – grita Baek, enquanto Chanyeol lhe estendia uma arma.

- Eles estão atirando contra o carro do delegado! – diz Chany.

A todo instante, Baek olhava para trás para mim. Sei que ele estava preocupado e eu estava em pânico. Temia que acontecesse algo com ele.

Ouvimos o barulho de viaturas da policia vindo no sentido contrário ao nosso. No entanto, em seguida, ouvimos o som de uma explosão. Duas viaturas voavam pelo ar, abrindo caminho para um carro escuro, onde havia um homem com metade do corpo pra fora da janela e um lança misseis. Chany e o delegado, dirigiam em zig-zag, para evitar os tiros. Mais viaturas... mais explosões... De repente, ouvi Baek gritar e tudo girou. Como eu estava sem o cinto de segurança, girei juntamente com o carro, que capotou pelo menos umas três vezes.

- LI-SA!!

Foi a última palavra que ouvi de Baek, antes de tudo escurecer.

Não sei quanto tempo aquilo durou. As vozes estavam longe. Ouvi gritos e as explosões continuavam, assim como os tiros. Ouvi a voz dele.

- Lisa!

A minha cabeça doía muito. Abri os olhos com dificuldade e procurei por ele. Baekhyun estava dependurado pelo cinto de segurança, o qual não conseguia se soltar. Chany estava desacordado. Eu não conseguia me mexer. Uma dor aguda surgiu de repente, abaixo de minha barriga, me fazendo se encolher. Vi Baek arregalar os olhos, preocupado.

- Calma. – disse. – Vai ficar tudo bem. Vamos sair daqui.

Tentei me aproximar dele, mas a dor era muito forte. Mas consegui tocar a sua mão.

De repente, a porta traseira do carro, aos meus pés, foi arrancada. Eis que surge um homem enorme e me puxa violentamente para fora do carro, que estava com as rodas para cima.

- SOLTA ELA! – ouvi Baek gritar, se debatendo sem conseguir se soltar.

- Coloque ela no carro, depressa!

Reconheci aquela voz.

- Tira o Baek e o Chany de lá, por favor!

- Claro. Eles irão tirá-los. Mas você vai indo na frente, está muito machucada...

- Quero ir com o Ba... Aaaah! – não conseguia falar, pois gritei de dor.

- Levem-na logo! E peçam um medico.

- Sim, senhor.

O homem me pegou no colo e me levou até um carro mais afastado dali. Foi então que tive a pior visão de minha vida. Assim que me ajeitei no carro e olhei em direção do carro, vi a explosão. O carro onde se encontravam Chany e Baek, explodiu bem a frente de meus olhos.

Sai correndo do carro onde estava em direção a explosão, mas alguém me segurou, impedindo que eu morresse com o meu amor.

- É tarde demais! Não adianta!

- BA-E-CK-HY-UM!! – gritei, enquanto deixava que o meu corpo caísse ao chão, sem forças.

- Vamos embora daqui!

Ouço a voz vindo de longe e logo, sou erguida pelos braços e colocada dentro do carro. 

Não vi mais nada e nem queria. 

Só queria o colo de minhas irmãs e o aconchego de minha casa. Não conseguia chorar. 

Imaginar que nunca mais veria aquele sorriso... suas brincadeiras e gargalhadas... as provocações que fazia a D.O. 

Não seria capaz de suportar a sua ausência e sequer superar aquilo. Olhei o anel em meu dedo, o que me deixou ainda mais desesperada. O que seria de mim sem ele?

Senti uma nova dor no pé de minha barriga, fazendo-me encolher no banco do carro. A dor foi ficando insuportável e eu não suportei mais, desmaiando em seguida.

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