━━━━━ a mesma que ajudou, a mesma que sacrificou

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ʼ a mesma que ajudou, a mesma que sacrificou.
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OS ANOS SE PASSARAM RAPIDAMENTE, e da mesma forma que os deuses me abandonaram, logo eles deixaram os humanos à mercê deles próprios

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OS ANOS SE PASSARAM RAPIDAMENTE, e da mesma forma que os deuses me abandonaram, logo eles deixaram os humanos à mercê deles próprios. Eu acompanhei cada mudança, a degeneração dos humanos, meu próprio filho alterando lentamente suas mentes, se aproveitando de suas falhas e desavenças para os corromper. Abandonados, os humanos de cada lugar, os reinos, as penínsulas, criaram suas próprias religiões, histórias derivadas dos verdadeiros deuses, aqueles que acompanhavam tudo, mas nunca se intrometiam. Era quase como se eles rissem de mim, junto aos humanos e suas guerras estúpidas, suas falsas religiões e escutando orações a falsos deuses.

O norte, que sempre foi frio, parecia ficar cada vez mais frio a partir que a nossa verdadeira história era alterada, como o lugar que já foi o lar da maior parte dos deuses, eu sentia que meu pai os punia. Nunca fomos verdadeiramente abandonados por eles; mesmo que nossos nomes tivessem sido trocados, ainda éramos nós, eles não deixavam de pensar em nós quando oravam, em seus bosques sagrados, em frente a enormes árvores. Vejo como os nortistas tinham um privilégio pela lealdade, os deuses ainda olhavam para eles, quando se sentiam caridosos.

Mas os nortistas foram aterrorizados e eu, junto aos nomeados selvagens, fomos aprisionados ao norte da muralha. Aqueles ao sul da muralha ainda tinham seus deuses, e aqueles ao norte tinham a mim. Acreditava eu que era mais uma punição. Com o sentimento de abandono que eu compartilhava com eles, os acolhi da melhor forma que pude, escutei suas preces e as atendi - nunca gratuitamente, mas eu ainda era caridosa com eles -. Os forneci proteção em suas caçadas, enquanto as guardiãs da floresta fazem de tudo para confundir aqueles que não levam uma oferenda, a benção no nascimento de suas prole, rios que não congelavam nos invernos extremos com muitos peixes, cavernas com águas termais para aqueles que encontrarem poderem banhar-se com conforto.

Aqueles que eram os injustiçados, aqueles que foram abandonados, se tornaram meus. Por pura culpa que eu carregava em meu coração por eles serem abandonados. Eu não precisava de muito para saber, apenas olhar para o céu e ver o sol afastado, e a lua que mal aparecia. Havia dias, que se transformavam em meses e até anos, em que nem o sol e nem a lua eram vistos. Crianças que nasciam e cresciam sem saber o que era, eu me questionava o porque eles puniam pessoas inocentes. Até perceber que o sentimento de culpa implantado em meu coração era a punição. Eu não era má, e talvez isso fosse o que eles tentavam provar.

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𝐌𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐎𝐅 𝐄𝐕𝐈𝐋, 𝖺 𝗌𝗈𝗇𝗀 𝗈𝖿 𝗂𝖼𝖾 𝖺𝗇𝖽 𝖿𝗂𝗋𝖾Onde as histórias ganham vida. Descobre agora