Prólogo

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  Simplesmente aquele foi o pior dia da minha vida, mas isso começa uns três dias antes, então vamos começar do início, certo?

  Eu já estava escrevendo um diário faz um tempo, estava começando a gostar de escrever afinal era tão bom, me baseava em ótimos escritores como Tolkien, JK Roling, Machado de Assis, que são muito bons no que fazem mais um livro em específico me marcou “Diário de uma esquisita” e foi aí que tive a ideia de escrever este diário sobre a minha vida, afinal vida mais estranha que a minha não há!

Pois bem, tudo fluia bem, eu escrevia em francês não era burro né? E uma das únicas línguas que eu sabia que meus pais não falavam, queria manter os meus segredos bem escondidos por enquanto.

  Estávamos no ritmo de férias de verão e minha mãe nos fez ir para o México visitar a vovó que se mudara para lá e estava muito doente, a viagem em si foi maravilhosa, fomos de avião, chegamos tão rápido quanto, depois foram umas três horas de carro até chegarmos onde ela morava.

  Era uma vila tradicional, linda aliás, era tudo tão mexicano sabe? Aquele jeito alegre das pessoas, cantando para espantar as mágoas, cantando para esquecer das decepções…

  A casa da vovó era verde cheia de plantas, flores parecia uma floricultura. No primeiro andar era um restaurante de comida típica nordestina e mineira, já no segundo era onde ela morava antes de…

    Encontramos ela em uma situação deprimente, estava em seu leito de morte, todos até mesmo meu pai que não gostava da sogra se comoveu, foi aí que ela proferiu suas últimas palavras a cada um de nós antes de morrer, primeiro ela disse para a mamãe não perder as manhãs do Cuscuz nordestino, depois a Bia minha irmã para não de esquecer do antepassados, ao meu pai para viver sempre na glória e fazer minha mãe feliz, e por último a mim me disse para sempre perseguir meus sonhos por mais complicados que fossem, essas foram as últimas palavras dela.

Simplesmente fiquei muito triste, nós éramos muito unidos, sempre conversávamos pelo telefone ou pela internet, e sim ela era uma velhinha muito antenada, adorava stalkear alguém como ninguém, mas voltando aqui, fiquei chorando por muitos e muitos dias até que decido apenas ouvir as doces palavras delas e seguir em frente, eu vou publicar um livro! E eu vou ganhar muito dinheiro com isso!

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  A perda mais sofrida e a de alguém próximo, não aqueles que poucas vezes tivemos contato e muito menos conversas, e sim aqueles que por meses estávamos perto, que por horas conversamos, esses sim pois o nossos “corações” já se acostumaram tanto com aquelas pessoas que elas meio que nos completam…

WBatista.
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Diário Francês - Em busca da famaWhere stories live. Discover now