Capítulo 46

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Coraline entrou no restaurante com apenas a intenção de saborear uma ótima culinária inglesa, tomar um drink e ouvir a proposta do canalha Hughes. Quando recebeu o telefonema do homem,estava chegando no hotel com o desejo de trocar de roupa e atravessar a cidade de londres para buscar abby que encontrava-se com peter e stacy. Tinha que desculpar-se com eles, pois a última vez que se falaram ela fora muito sem caráter e ainda magoou a própria melhor amiga. Afinal, stacy não tinha culpa de jones ser um mentiroso. Na verdade ninguém tinha.
Quando chegou na frente da mesa onde o homem maduro estava, viu ele levantando-se e puxando a cadeira para moça se sentar. Coraline sabia que o John hughes era detetive de reno, sua cidade natal. Só não entendia o que ele ainda estava fazendo em londres, afinal o homem tinha uma organização em nevada.

- você está linda, Srta. Stuart.- coraline olhou para ele e sorriu agradecida. Pegou uma bebida que estava na taça em cima da mesa e notou algo estranho no fundo do vidro. Disfarçou e colocou de volta no lugar, arrumou o vestido negro que vestia e chamou o garçom, pediu lagosta ao molho e vinho rosé.

- a que devo a honra do seu convite ?- a moça de cabelos curtos sorridente, olhou ao seu redor e notou homens infiltrados observando seus movimentos. Percebeu que aquele Hughes era espertinho, mas aquilo não a intimidou. Ela sequer sentiu algo, afinal ela já vivia com o próprio diabo. - confesso que sua ligação me pegou de surpresa, não esperava um convite tão encantador e interessante.

- até imagino Srta stuart, não vou mentir. Isso não fora planejado tive que improvisar rapidamente e torcer para senhorita aceitar meu pedido. - hughes era um cara de boa aparência, mas não era novo. Já passava dos quarenta, isso fazia coraline questionar o que ele poderia querer com uma moça jovem e ex noiva de um líder, que sem dúvidas não simpatizava com ele. - fiquei feliz pela sua chegada... Mas vamos no que interessa, não gosto de muita enrolação. Quero fazer negócios com a Srta, talvez fechar um contrato com a máfia francesa.

- concordo. - coraline olhou no fundo dos olhos do homem e viu as íris claríssima de Hughes lhe encarando de volta. - por que talvez? Sr. Não tem certeza ou ainda não pensou na possibilidade?

- hum... Tenho certeza, mas não sinto que a Srta irá gostar, pois envolve seu ex noivo.

Coraline rapidamente virou o pescoço e prestou bem atenção nos gestos que o homem fazia em sua frente. Percebeu que o perfído detetive estava com um brilho estranho no rosto. A moça sentiu que algo bom não iria sair dos lábios do homem, ainda mais sabendo que o assunto seria sobre jones.

- prossiga! - coraline determinou séria. Viu o garçom colocar seu pedido na mesa e agradeceu o rapaz com simplicidade. - não quero ser rude, mas não acho que algo que envolva james jones venha me interessar. Pra falar a verdade, nada que venha de jones é bom para meus ouvidos. Mas tenho interesse em suas boas palavras Sr Hughes.

- até imagino... Sei que o relacionamento de vocês não acabou bem.- o homem garfou uma massa estranha e mastigou lentamente. - vou ser sincero com você coraline, não gosto de james. Ele não é um cara autêntico e simpático, reparei no banho sangrento ele agindo como se fosse o dono do mundo. Tenho dó das pessoas que convivem com ele.

Coraline sorriu sarcástica e olhou para o outro lado do restaurante, observou as pessoas saindo e entrando do estabelecimento. Mas o que lhe atraiu completamente atenção fora uma mulher de boné e roupas escuras lhe encarando fixamente. Coraline não conseguiu ver direito o rosto dela, mas percebeu que ela tinha cabelos grandes negros e era magra.

Amor cruel Where stories live. Discover now