Furacão

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Acordei no outro dia em uma casa estranha, estava deitada em uma espreguiçadeira em frente uma piscina. O sol esquentava o meu rosto avisando que estava tarde, levantei confusa e me perguntei onde eu estava e como cheguei aqui.

Meu estômago embrulhou e corri até o vaso de planta, não me lembrava onde era o banheiro. Minha cabeça doía e o mal estar estava presente de maneira forte, andei pela casa desviando das pessoas jogada pelo chão. Procurei pelas minhas coisas e achei em cima do sofá, peguei meu celular e tinha milhares de mensagens junto com ligações perdidas.

—Bom dia– escutei uma voz feminina e olhei para ela tentando reconhecer a moça à minha frente.

—Lily, né?– perguntei confusa.

—Eu mesma, você apagou legal– diz colocando café em duas xícaras e um pouco de vodka também.

—Obrigada– agradeço quando peguei a caneca que a mesma me ofereceu.

Dou um grande gole na bebida quente e sinto um gosto forte de vodka, não era ruim, talvez eu precisasse para lidar com tudo. Olho minhas redes sociais e está pior que ontem, as pessoas continuam me ameaçando e me xingando dos piores nomes possíveis. Tinha gente falando que sabia onde eu morava e que ia me matar, ou que se me visse na rua ia me atacar, parece até mentira mas é real e assustador.

Me lembro de brigar com Timothée e o resto se tornou um borrão. Não faço a mínima ideia de como cheguei aqui e nem o que eu fiz.

—Aqui, você vai precisar– Lily chama minha atenção e aponta para uma carreira de cocaína.

—É muito cedo para isso– comentei dando uma risada sem graça e curta.

—Para lidar com essas merdas que você tá passando só vai aguentar com isso– insistiu dando de ombros.

Acabei cedendo, esfreguei meu nariz depois e bebi o resto do café. Liguei para Suki avisando que estou bem e ela me xingou, falou que ficou preocupada e que me mataria quando chegasse em casa.

—Preciso ir, obrigada pela hospitalidade e por…Você sabe– não conseguia falar em voz alta.

—Leva isso como um presente e me liga se precisar de mais– ela me entregou um papel junto com um saquinho transparente com droga e sorriu pra mim.

—Obrigada– sorrio e vou embora.

Procuro meu carro e finalmente achei, dei partida para o set de filmagem com pressa. Estava com o vestido da noite passada e maquiagem borrada, não ia dá tempo para passar em casa porque estou duas horas atrasada. Ryan vai me matar e talvez me despedir.

Cheguei no set e demorei um pouco para sair do carro. Pego minha bolsa e pego o saquinho transparente, enfio minha unha dentro do pacote e levei até meu nariz. Guardei novamente e limpei os vestígios do meu nariz, peguei meus óculos escuros que ficam no porta luvas e coloquei.

Ignorei os olhares das pessoas e entrei no meu trailer, sentei na cadeira e esfreguei meus olhos que ardia por conta da noite mal dormida. A porta é aberta e era Timothée, o que me deixa surpresa.

—Tá fazendo o que aqui?– perguntei ríspida.

—Toma, vai te fazer melhor– me entregou um smoothie e um remédio, ele ignorou minha pergunta.

—Não respondeu à minha pergunta– falei segurando o remédio e o copo com smoothie.

—Só toma esse remédio e toma a porra do smoothie– fala impaciente e sentou no sofá.

Faço que ele pediu e Ryan entrou já me dando bronca, escutei ele falar e permanece quieta. O que eu ia falar? Não tinha desculpas.

—Acho melhor você providenciar um banho e talvez escovar os dentes, a maquiadora vai vir daqui a pouco para melhorar essa cara de morta viva– assim ele saiu batendo a porta e Timothée permaneceu quieto.

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⏰ Last updated: May 24 ⏰

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