A MJICO, companhia em que eu trabalhava, já havia executado dois grandes projetos no Iraque, sendo o primeiro da ferrovia ligando a capital ao norte do país e o segundo da EXPRESSWAY, que consistia na construção de trechos de uma rodovia de seis pistas que ligava Bagdá a Ramadi, uma grande cidade localizada em uma região em que o petróleo aflorava do solo. os projetos foram concluídos, porém nos " sites " ficaram as máquinas "fora de estrada", caminhões e automóveis leves, que se vendidos como sucata deixaria os donos ricos, mas eles estavam todos operacionais. A obra em que eu trabalhei era o Sifão, a qual a "peãozada" chamava de "chifrão", se é que vocês me entendem.
A obra era para desviar as águas das chuvas que enchiam lagos ao norte nas áreas mais altas e eram carreadas para o rio tornando a água do Eufrates salobra. o contexto político da época era um Iraque em guerra com o Irã, o conflito árabe israelense a todo vapor o escândalo "Irã-contra" ainda pesando sobre o governo americano tudo isso somado a uma recém nascida democracia brasileira que engatinhava e que em 1989 empossaria Fernando Collor o "caçador de marajás" que se provaria como outros da mesma estirpe um bufão desonesto.com uma inflação galopante, sem perspectivas de trabalho, a opção não era ruim. o interesse do Iraque devido a guerra era aumentar o preço do petróleo no mercado internacional, diminuindo a produção e como o Kuwait aumentara a produção Sadam Hussain invade o Kuwait.
