𝙳𝚎𝚊𝚍𝚕𝚢 𝙼𝚊𝚜𝚔𝚜 - 3

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Victoria Sinclair

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Victoria Sinclair

Saio do quarto pela manhã, observando a ausência de algumas pessoas que partiram, com exceção dos membros da mesa do dia anterior, que permanecem presentes.

Consciente de que minha mãe não retornará tão cedo, já que está em outro estado ou algo semelhante, faço meu caminho até o refeitório. Ao entrar, percebo todos os olhares voltados para mim, e logo as pessoas da mesa anterior abrem espaço para que eu me junte a eles.

— Vocês viram o que aconteceu? Foi bizarro! Ontem eu quase não dormi, por conta do medo e do meu depoimento demorado — relata Madeleine Mcgraw, que saboreia um suco de caixinha sabor uva.

— Sim, sinceramente não sei por que o meu pai ainda não me buscou — exclama Sheila, com uma voz forçada. Uma jovem mimada que, ao que parece, seu pai a enviou para ficar longe por duas semanas.

— Porque ele se arrependeu de ter você? E percebeu que a camisinha era necessária? — penso alto, inadvertidamente atraindo todos os olhares da mesa, alguns curiosos, outros perplexos pelo que foi dito.

— O QUE VOCÊ DISSE, SUA PIRANHA! — Sheila grita, levantando-se para me encarar, tentando me intimidar. No entanto, sua tentativa é em vão.

— "Porque ele se arrependeu de ter você? E percebeu que a camisinha era necessária?" Feliz? — retruco, indo em direção a ela. Percebo o tremor em seus olhos e a respiração contida. Dou as costas, jogo meu papel no lixo e retorno para minha cadeira.

— Então, ficaram sabendo que hoje o dia vai ser livre? — Nick Goode quebra o silêncio da mesa, iniciando uma conversa animada. Nick, filho do chefe de polícia Will Goode, traz um alívio ao ambiente tenso, desviando o foco do desconforto anterior. A notícia de que o dia será livre desperta o interesse geral, desencadeando uma série de planos e expectativas para aproveitar a liberdade momentânea no acampamento Nightwing.

Enquanto os campistas compartilham suas experiências e se preparam para um dia sem compromissos, a tensão inicial parece se dissipar. O incidente anterior é temporariamente deixado de lado, dando lugar a um clima mais descontraído na mesa, onde risadas e conversas substituem a atmosfera carregada que predominava. O Acampamento Nightwing, apesar dos eventos sombrios, mostra-se resiliente diante da adversidade, prometendo aos campistas momentos de descontração em meio à incerteza que permeia o ambiente.

 O Acampamento Nightwing, apesar dos eventos sombrios, mostra-se resiliente diante da adversidade, prometendo aos campistas momentos de descontração em meio à incerteza que permeia o ambiente

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Era de tarde, e eu estava sendo amarrada na árvore da Sarah Fier, chamada de bruxa e morta nesse mesmo lugar.

— Levanta ela! — Diz Sheila, e logo um dos amigos dela puxa a corda, amarrada em meu braço, me erguendo.

— Não, não, parem! Para! Para! Para! — Falo enquanto a corda, que prendia meu pulso, apertava. — Me soltem, seus merdas, me soltem! — Gritava para eles, mas fingiam não ouvir, e logo meu corpo estava completamente reto, exceto pelos meus braços.

— Ora, ora! O que temos aqui — Sheila fala, revistando-me após pegar as dez pratas que estavam no meu bolso.

— Ladra desgraçada! — Um menino desconhecido fala.

— Não, não. Ela não é ladra... Está possuída pela bruxa! É o único jeito de explicar o comportamento dela — Sheila se aproxima de mim com o dinheiro que segurava.

— Vai se fuder — Falo e mexo meu braço, batendo na cara dela, fazendo seu nariz sangrar um pouco. — Agora a gente tá quitE — Refiro-me ao nariz que agora escorria sangue, assim como o meu.

— Você sabe o que fizeram com a Sarah Fier, né? — Ela faz uma pergunta retórica, apontando para a árvore. Meu olhar se dirige rapidamente para a árvore e, em seguida, volta para ela. — Ela foi enforcada bem nessa árvore — aponta. — Mas deviam ter feito o que sempre se faz com as bruxas — Faz uma pausa e continua a me rodear até parar frente a frente comigo. — Queimado.

— Dá o seu isqueiro. — Ordena para o menino desconhecido, que pergunta novamente para ter certeza de ter ouvido certo. — Passa pra cá! — Exclama, indo atrás do menino, que dá um passo para trás.

Ela arranca o isqueiro do menino facilmente.

— Segurem as pernas dela — ela diz para as duas meninas perplexas. — Sério, Sheila? — Uma delas pergunta, e Sheila grita "segurem", e as meninas assustadas seguram minhas pernas. Uma que estava com medo não foi, mas o menino de blusa verde foi e pressionou meus pés contra o chão.

— Não, não, não, não, para, para para! Para — Grito, mas sem sucesso, eles continuam me segurando.

— Cala boca, bruxa — A mesma fala, mas sua amiga retruca, dizendo que eu já tinha entendido.E

— Não! — Grito, e Sheila se aproxima com o isqueiro aberto.

— Sheila, foram só dez dólares — O menino que segura meu pé fala, mas Sheila não para de pensar em me queimar viva.

— Não! — Continuo falando, olhando nos olhos dela, e ela me encara com um sorriso maligno.

— Você vai mesmo fazer isso? — A menina pergunta, e Sheila acende o isqueiro e começa a aproximá-lo da minha pele, do meu braço que ainda estava amarrado na árvore.

No meio do processo, pude escutar um apito! Era o apito do coordenador jovem. Ele estava com um colete laranja fluorescente.

Nesse momento, todos olham na direção do som do apito, e Sheila, surpreendida, interrompe o ato. O coordenador jovem, com expressão séria, se aproxima.

— O que está acontecendo aqui? — Pergunta ele, olhando para a cena com desaprovação.

Sheila tenta explicar, mas as palavras não saem tão facilmente. O coordenador, então, pede que soltem minhas pernas e desamarrem meus braços. Enquanto isso, seu amigo comenta:

— Cara, ela vai precisar dar uma explicação sobre esse braço machucado.

Os outros começam a se dispersar, e eu sigo com o coordenador de volta ao acampamento, deixando para trás a sombra da árvore de Sarah Fier, carregando a experiência assustadora e as perguntas não respondidas que rondam aquele lugar sombrio.

Acontece 🤷‍♀️

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Acontece 🤷‍♀️

𝙳𝚎𝚊𝚍𝚕𝚢 𝙼𝚊𝚜𝚔𝚜 - 𝙹.𝚆 Where stories live. Discover now