MINE.

FLAGRA

Nossas respirações ofegantes se misturavam. Chupei seu lábio inferior e abri os olhos por um segundo, ela estava tão conectada quanto eu. O beijo tinha afeto, vontade, desejo, muito desejo, de uma forma que eu nunca havia sentido e tudo que eu mais queria era que o mundo parasse aqui e agora. Só ela e eu.

Luiza separou nossos lábios e inverteu nossa posição, agora quem está com as costas colada na parede sou eu. Ela volta a me beijar com ainda mais vontade, eu já não sabia nem o que estava sentindo exatamente. Meu corpo está quente e nunca me senti assim.

Senti sua mão tocando a parte interna das minhas coxas, isso me fez sentir um choque em outro lugar, um lugar inesperado. Com delicadeza e cuidado sua mão tocou na minha calcinha, foi fácil visto que eu estou usando um vestido curto. Ela apertou sem muita força minha intimidade, o que me fez arfar.

V: Luiza, eu... - minha voz saiu tão rouca que eu mesma quase não me ouvi. Eu precisava dizer, mas não conseguia.

Ela deu um sorriso tímido e ao mesmo tempo sacana quando sua mão escorregou para dentro da minha calcinha. Eu apenas soltei um gemido dentro do nosso beijo. Eu estava com uma vontade absurda de ser tocada ali. Luiza acariciou a região e recuou um pouco, parando em meu clitóris.

Eu quis falar com ela que eu nunca havia feito nada, mas eu não conseguia, eu só desejava sentir cada vez mais. Ela começou a fazer movimentos circulares e lentos ali, eu respirava fundo e a beijava ainda mais. Quanto mais eu gemia dentro do nosso beijo, mais lentamente ela me beijava e aumentava a velocidade que me masturbava.

Senti algo como uma onda de fogo me percorrer por inteira parando exatamente em meu clitóris. Meu corpo ficou mole, eu não conseguia nem beijar Luiza mais. Inclinei minha cabeça para trás com os olhos ainda fechados, apenas terminando de sentir o que aconteceu. Eu respirava pela boca, arfando ainda. Luiza depositou alguns beijos no meu pescoço parando ao ouvir a voz de Eduarda gritando de fora.

E: Gente, vocês estão aí? - ela tentava abrir a porta

L: Sim, Duda, estamos, essa merda emperrou.

E: Tá, eu vou chamar o Igor, vocês estão bem?

L: Sim, anda logo. - ela voltou a me olhar - Você tá bem? - Eu ainda estava inerte

V: Eu... - não conseguia formular a frase, é como se eu tivesse totalmente embriagada, estava tonta

L: Valen, fala alguma coisa. - apenas neguei com a cabeça - Tá, quando eles abrirem a porta eu vou te levar pro seu quarto, ok?

V: Tá...

Não demorou muito para que Eduarda voltasse com Igor. Eles conseguiram abrir a porta rápido e então Luiza e eu fomos para o meu quarto. Eu não sei o que aconteceu, eu nunca senti isso na vida e acho que juntando com o álcool me lesou. Me sentei na cama e Luiza se deitou, logo me puxando para fazer o mesmo. Estávamos uma de frente pra outra.

L: Tá melhor?

V: Tá tudo girando aqui, você está girando.

L: O que você bebeu?

V: Gin.

L: Caramba, te pegou bem.

V: Acho que não foi só isso.

Um silêncio se tornou presente entre nós. Cada vez mais eu sentia tudo girar, era como se eu estivesse em outra dimensão.

L: Eu terminei com a Júlia. - disse cortando o silêncio

V: Eu sei... Ouvi as meninas falando mais cedo. Você contou pra ela sobre a gente?

L: Não, eu não tive coragem.