Danger

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— Por que não me conta a verdade? — começou Caitlyn, irritada. — por que não me diz o que aconteceu naquela noite? Como vim parar aqui? E como você me trouxe até aqui…

Bill tentava manter a calma, não queria perder o controle com ela. Mas não iria conseguir suportar isso por muito mais tempo.

Ela já estava o perturbando a alguns minutos. Ele já percebeu que ela estava querendo trepar com ele. Estava convencido de que isso seria apenas um plano para que ele cedesse seus desejos e logo em seguida fugisse na primeira oportunidade que aparecesse. Bill não era burro.

Precisa respirar. Precisa fumar, beber ou foder com alguém. Caitlyn era uma ótima opção, mas não iria ceder isso (ou talvez sim).

— Tudo bem, eu vou te contar a verdade. — ele respondeu. Se sentou no sofá.

— Eu… Eu estava voltando do mercado naquela noite, e vi alguns adolescentes fumando e se drogando. Eu não suporto essas coisas, entende? Ouvi suas conversas quando passei ao lado deles. Estavam planejando roubar a casa de uma senhora e eu pus um ponto final naquela história. — olhou para ela — era isso que você queria saber?

— E o que eu tenho haver com isso?

— Você me viu matando eles. Um por um. Não podia deixar que você me entregasse para a polícia. — bebeu um gole da cerveja que estava em suas mãos.

— Isso não é um motivo para me aprisionar aqui dentro, e nem para você ter matado aquelas pessoas.

— AQUELAS PESSOAS ERAM DOENTES!

Bill se levantou com raiva, junto de seu tom de voz. Ele era um bom ator, afinal, aquela história não era verdade. Estava mentindo.

— Isso não justifica. Apenas Deus tem o direito de… — Bill a interrompeu outra vez.

Ele avançou nela, beijou seus lábios com vontade. Suas duas mãos estavam no rosto dela, intensificando aquele beijo.

Caitlyn estava tentando quebrar aquilo, estava tentando se afastar. Mas não conseguia. Após várias tentativas, ela finalmente cedeu. Beijando o rapaz de volta.

Ambos estavam atordoados com aquele ato que nem perceberam que estavam dando passos lentos pela casa. Até que Bill estivesse com as costas na parede de novo.

Ele quebrou o beijo. Olhou para ela sorrindo. Sorriu de canto, como se ele tivesse acabado de ver um filme emocionante

(de romance ou drama) e sorriu no final.

— Vamos sair amanhã… Eu vou te levar até sua casa, vai poder ver seu namorado e seus pais… Mas depois, você vai dizer na televisão que eu não estou neste país. — ele disse ofegante, olhando profundamente nos olhos dela. A garota parecia tê-lo enfeitiçado.

— Olha, Billy. Eu não lembro como é fazer uma reportagem, e acho que isso leva alguns dias… Por que quer me levar até em casa?

— Vão pensar que está morta.

— Você se importa?

— Sim… Vão chegar até mim… Algum dia.

— Para com isso. Você é muito paranóico.

— Vamos dormir, amanhã você verá Andy e seus pais… Mas vou ficar de olho em você.

— Tudo bem.

Ambos caminharam até o quarto e se deitaram. Bill estava no chão, como de costume, mexendo no celular enquanto Caitlyn lia um dos livros dele.

DARK ROMANCE - Bill KaulitzWhere stories live. Discover now