𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐈𝐕𝐄 - Rafe Cameron ( Adaptação )

04

— Levi? — Virei para trás o procurando.

Levi era um dos meus amigos dentro daquela escola. Ele sentava bem ao fundo da sala, geralmente nerds sentam na frente para acompanhar a explica do professor melhor, mas ele era diferente. O procurei por motivos de: Na sala haviam 5 fileiras de classes e na frente dessas fileiras, óbvio, ficava a mesa do professor, no caso onde Rafe estava, eu sentava na segunda classe da terceira fileira e ficava muito a frente da mesa do professor, mas agora, Rafe estava ali e aquilo não estava me agradando nem um pouco, então procurei Lamar para ver se eu podia sentar perto dele, até porque ele sentava na última classe da última fileira, longe o suficiente de Rafe.

Ah, e Camila sentava na primeira fileira, na primeira carteira, ela estava usando uma saia e eu podia ver ela abrindo as pernas "sem querer" para chamar atenção de Rafe.

— Fala, Anna. — Ele disse levantando o braço.

— Tem lugar ai perto de você?— Perguntei. E ele olhou em sua volta.

— Tem uma cadeira vazia aqui, gata. — Eu ri, e levantei pegando minhas coisas e indo sentar ao seu lado

A sala estava uma bagunça, nem parecia que esses animais iriam se formar, parecia que recém eles chegaram na primeira série. Quando empurrei minha cadeira para baixo da mesa, fui impedida de prosseguir.

— Eu dei permissão? - ouvi a voz de Rafe.

— Nossa, que moral hein, chegou hoje e já pode dar "permissões" - fiz aspas com os dedos e ironizei a situação.

— Bom, acho que eu posso sim, estou no lugar do professor e também acho melhor você ficar no seu lugar — Disse com um tom desafiador.

— Garanto que o Sr. Thompson não se incomodaria se eu fosse sentar com ele — Na verdade ele se incomodaria sim.

— Eu também não me incomodo nem um pouco. —  Rafe disse — Mas, continue no seu lugar — Dei um sorriso irônico e continuei indo em direção a outra cadeira, mancando.

Felizmente, os outros períodos eram sem a presença do Rafe e passaram rápido. Bateu o sinal e fui guardar meus livros no armario, depois fui ao banheiro para me olhar no espelho, o que não foi uma boa idéia, pois eu estava em condições precárias,

Fiquei conversando um pouco com Levi e Sarah, papo vai, papo vem, até nós percebemos que a escola estava praticamente vazia, quase todos os alunos já haviam ido embora, com excessão minha, de Sarah e de Levi claro.

— Nossa, só tem a gente aqui pelo o que eu estou vendo - Levi disse

—É, então vamos antes que eles fechem a escola - Sarah disse

— Verdade, se não depois eles só abrem para quem estuda a noite. E eu não
quero esperar aqui dentro — Soltei uma risada enquanto pegava minha mochila  e me despedi deles, os dois foram para o lado da saída e eu fui para o estacionamento a escola, onde estava o carro que eu havia ganhado de meu pai em meu aniversário de 16 anos. Abri a porta do carro, mas em um movimento rápido alguém fechou de volta.

Segui com os olhos aquele braço fechado em tatuagem, e merda, Rafe me virou fazendo eu ficar encostada no carro e de frente para ele, revirei os olhos.

Eu fiquei entre seus dois braços que estavam um pouco acima dos meus ombro.

— Vai dirigir com o tornozelo machucado? — Ele perguntou com seu tipico ar de deboche.

— O que você quer?  — perguntei sem nenhuma paciência.

— Da última vez que você perguntou isso, você foi parar na minha cama, lembra? — Ele disse. — Mas o assunto é outro agora e você sabe do que se trata.

— Não, eu não sei. — Falei tentando me virar e entrar em meu carro, mas eu estava encurralada.

— Eu odeio pessoas mentirosas, Anna. — Ele deu ênfase ao meu nome — E você mentiu. Ninguém me passa para trás. — Seus olhos intimidaram os meus.

— Sempre tem uma Primeira vez. — Encarei o chão.

— No seu caso vai ser só a primeira vez mesmo, porque hoje eu não me importaria de enterrar você. — Ele se aproxima e sussurra. — Viva. —Estremeci.

Rafe falava de um jeito no qual eu não sabia se ele estava brincando ou falando a verdade, mas mesmo assim, eu acho que não era brincadeira.

— Você não é louco em fazer isso.

— Sério que acha isso, princesa?

— Caralho, tanto faz o meu nome, você não queria que eu sumisse? Por que saber meu nome seria tão significante assim? Ata, por que você se acha no direito de saber tudo sobre todos e quer aparentar ser o foda.

— Tanto faz, o problema é que você mentiu e não esquecendo que você me desobedeceu hoje, lembra? Odeio quando desrespeitam minha ordem.

— Você odeia tudo, Cameron, já percebeu? Você é feito de ódio — Rafe hesitou um pouco quando eu falei aquilo.

— Você me leva muito na brincadeira, toma cuidado, vadiazinha de camelô —Ele disse e saiu.

Meu coração parecia que ia sair pela boca. Pude ver Cameron entrar em seu carro e arrancar, eu fiz o mesmo, a única diferença era que eu dirigia em uma velocidade permitida.