parte 2

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Volto pro meu apartamento.
Segura e viva (minha mãe ficaria louca se eu contasse que fui me encontrar com um amigo virtual que tem a idade do meu avô kkkk).

Estou tirando a roupa para tomar banho quando meu celular vibra com uma notificação.

É uma mensagem dele.

Tay, você chegou bem?
Fiquei preocupado por vc ter voltado sozinha. Desculpe por não ter te acompanhado.

Não consigo segurar um sorrisinho.

Respondo que cheguei bem e a volta foi tranquila, não há com quê se preocupar.

Ele me agradece mais uma vez pelo encontro e nos despedimos.

Deixo o celular de lado e vou tomar um banho para depois descansar.

Após o banho, me deito e fico encarando o teto.
Mas logo me viro pro lado e coloco um travesseiro grande do meu lado.

Entendo George quando ele se sente carente. As vezes é péssimo ficar sozinho.

Abraço o travesseiro e coloco uma perna em cima dele.

Faço isso pra me iludir, pensando que é alguém comigo. Me sinto mais confortável até.

E então o sono chega, me fazendo descansar tranquilamente.

***

Mas a tranquilidade não permanece por muito tempo. Começo a ter pesadelos muito esquisitos, me contorço tentando acordar, mas é em vão.

Aperto o travesseiro mais forte e o pesadelo continua. Não consigo entender nada, mas é muito assustador.

Lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto e minutos depois eu consigo acordar.

Ainda estou chorando e com medo. Meu quarto está escuro e fico mais assustada ainda.

Pego meu celular que está próximo à cama e mando uma mensagem pra George. Ele é a única pessoa que eu conheço que está por perto.

Segundos depois, ele visualiza a mensagem e me liga por chamada de vídeo.

Ele fica um pouco nervoso por me ver chorando e me pergunta o que aconteceu. Eu o conto e então ele começa a me consolar.

George passa vários minutos me reconfortando por ligação, mas ainda assim estou com medo de voltar a dormir.

— Tay, se for preciso você pode deixar o celular ligado e eu fico contigo em ligação, até vc conseguir dormir, tá bom?

Agradeço, mas digo que não posso aceitar a proposta. Ele ficaria acordado por muito tempo só por minha causa? Não posso aceitar.

Mas ele como um cavalheiro de verdade, insiste e eu acabo cedendo.

Enquanto me agasalho entre os lençóis para dormir, George me fala coisas bonitas e positivas.

As vezes ele parece um psicólogo.

Demora um pouco, mas enfim consigo dormir novamente.

E dessa vez, um sono tranquilo. De verdade agora.

***

Amor no débitoOnde histórias criam vida. Descubra agora