parte 3

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No dia seguinte, acordo bem mais tranquila e relaxada.

Pego o telefone e pesquiso por George. Seu visto por último foi há 30 minutos.

Resolvo mandar um oi e agradecê-lo.

Ele me responde imediatamente, e diz que só não tinha mandado mensagem antes, pq sabia que eu ainda deveria estar dormindo e não queria me acordar.

Então o ligo por chamada de vídeo e ele me atende super afetuoso (como sempre).

Conversamos por algumas horas enquanto arrumo a cama, tomo banho e troco de roupa.

Nos despedimos e desligamos a chamada.

Horas depois vou à faculdade.

O dia foi bem cheio. Seminários, atividades, palestras...

No final da tarde volto pra casa e descanso um pouco.

Mais tranquila, pego meu celular e vejo algumas mensagens de George.

Ele me pergunta como estou e como foi meu dia.
Em seguida pergunta quando podemos nos encontrar novamente.

Apenas visualizo as mensagens e resolvo visitá-lo de surpresa.
Já é noite quando chego à porta de sua casa.

Bato e demora um pouco pra que ele abra.

George parece surpreso e feliz ao me ver.

— Tay!!   *abraço*  Que bom que veio.

— Vim te agradecer pessoalmente.

— Fiquei muito preocupado com você... entre, vamos conversar lá dentro.

Entro na casa e nos sentamos no sofá.

— Já aconteceu aquilo com vc outras vezes?

— Hm, não... quer dizer, uma vez ou outra, mas não é sempre.

Ele pega minha mão e a aperta, demonstrando confiança.

— Tay, quero que saiba que estou aqui se precisar, tá bom?
Pode me chamar a qualquer momento.

— Obrigada, George! Sério mesmo, não sei o que teria sido de mim sem você ontem.

Conversamos por algum tempo, depois ele me oferece alguns lanches e assim a hora foi passando.

Começo a ficar com sono e digo pra ele que já vou embora.

— Tay, tá muito tarde pra você ir embora sozinha.

— Não, não se preocupa.

— Dorme aqui hoje, Tay?!

— O quê? Obrigada, mas não posso, George.

Ele ri e insiste novamente.

— Vamos, Tay, não precisa ter medo. Somos apenas amigos, tudo bem. E vou me sentir mais tranquilo se vc dormir aqui, pois vou poder te ajudar caso aconteça aquilo de novo.

— Não é isso, eu só não quero te incomodar, George. Nem vim com a intenção de dormir aqui. Eu vou indo.

— Para de ser cabeça dura, não vou deixar que vc saia daqui a essa hora sozinha.

Com tanta insistência, resolvo ceder.

George me leva até o quarto de visitas e tudo está organizadinho.
Agradeço, ele me dá boa noite, sai e fecha a porta.

Estou quase dormindo quando um medo forte me atinge.

O quarto está totalmente escuro e eu fico ainda mais nervosa.

Me agarro ao travesseiro, na tentativa de me acalmar, mas é em vão.

***



Amor no débitoWhere stories live. Discover now