Novo dia

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Chegando na agência, desamarro meus cabelos e prendo o elástico em meu pulso, apertando também minhas luvas de pilotar. Meus coturnos batendo contra o chão daquele corredor longo, que logo me levou até a central, com computadores espalhados por toda parte, gente falando uma por cima da outra, telefonemas. Um arranhar da minha garganta foi o suficiente para que todos parassem o que estavam fazendo e direcionarem o olhar para mim.

– Onde está minha mãe? - Pergunto com a voz firme, não querendo perder tempo.

– Na sala de reuniões com o Diretor Willians querida. – Louise, a americana que me treinava até um tempo atrás  e sorridente demais para o meu gosto disse, se aproximando.

O cansaço me fez ficar de mal humor, e eu não queria ter que descrever com detalhes para ela como foi meu dia, então simplesmente virei as costas para ela e andei até a sala de reuniões, é, ela me acha uma grossa.

Parando diante da porta, dei dois toques, antes de abri-la e adentrar a sala.

– Querida! Estava preocupada, você está ferida? - Park Hyunah pergunta, se levantando vindo em minha direção, me analisando de cima a baixo.

– Estou bem, acho que fraturei as costelas de um lado, mas um garoto me encontrou e me ajudou. - Digo, suspirando, olhando a cara nada boa do Diretor.

– Um garoto? Jimin eles sabem quem você é? - Mamãe direciona um olhar preocupado a mim.

– Tá tudo bem, eles não vão contar nada. - Falo, sem muita com certeza.

– Eles? - Ela pergunta, mais preocupada ainda.

– É, uhmm, ele e os amigos dele me ajudaram, eram 7, e nenhum parecia mentir.

– Eles podem não contar, mas não significa que estejam a salvo agora, qualquer um pode ir atrás deles, em busca de respostas sobre você. - O diretor fala, ele é um grande amigo da nossa família também, desde... sempre.

Droga, tinha esquecido desse detalhe.

Bagunço meu cabelo, bufando com fogo nos olhos. Eu não iria deixar nada acontecer com eles obviamente, principalmente por minha causa.

Então eu tive a ideia, assim que Hoseok terminasse minha moto, eu iria buscá-los, ou eles ficavam na base da  cia, ou na minha casa. As duas opções de lugares mais seguros, minha casa era grande o suficiente para hospedar até 25 pessoas e aqui na base tinha tinha alguns quartos, com segurança máxima.

Pensando nisso resolvi mandar uma mensagem á Hoseok.

– Um minuto, tenho que mandar uma mensagem.

Hoseok (amigo do Jungkook)               

Hoseok? //
22:56

É a Jimin //
22:56

Oi Jimin! Tudo bem?
22:57

Tudo ótimo, só queria perguntar
se você vai demorar muito no
concerto da moto.. //
22:57

Bem, estava olhando e você
está com sorte, não vou
precisar buscar peças novas
Então acredito que em 1
Semana ela esteja novinha
Em folha, literalmente kkkk
22:57

Tudo bem, muito obrigada mesmo. //
22:58

Não tem de quê. 😀👍
22:58

Saindo da conversa respirei fundo e retomei o foco, me lembrei das informações.

– Hector Harmini, quarenta e seis anos, esposa e sem filhos. Ele é infértil. Com tanto dinheiro ele poderia comprar a Coreia do norte. - Eu disse, rindo em escárnio. - Ele é um viciado do Caralho por Heroína, e pelo quê o sócio estuprador de merda dele me disse, quer começar a vender a famosa K9, além de moli. Tá procurando um fornecedor confiável por aqui mesmo, e aí, o que vocês acham? - Termino de contar tudo o que descobri sobre aquele desgraçado de merda, eu quero tanto pegar aquele cara e meter um cartucho de bala na cara dele.

Mamãe somente olha para o Diretor temerosa, quem a olha assim, não diria que ela exerce seu trabalho com perfeição, ela estava pensando em se aposentar, com apenas 48 anos, é ela tem esse poder.

Inclusive estranhei a falta da presença do meu pai aqui.

– O que foi você fez para conseguir tudo isso doce Jimin? - Ele perguntou rindo, as linhas de idade marcando seu rosto, eu sabia que ele não iria ficar por muito mais tempo no comando.

– Ah, o senhor sabe, nada como um  pouquinho de tortura não resolva. - Eu disse, segurando a gargalhada pela cara da minha mãe, que me encarava chocada, como se ela nunca tivesse dado alguns chutes em alguém em troca de informações importantes.

– Não preciso dizer que seus pais fizeram um bom trabalho não é? Essa é minha garota. - ele disse se levantando da mesa.

– Bom, temos trabalho a fazer, vamos precisar de uma loja, você sabe, eles gostam assim. Uma empresa de fachada. Mas a verdade é que normalmente criam muitas drogas embaixo do tapete, vamos ter que fingir fornecer para eles, mas eles nunca acreditariam de primeira, iriam comprar primeiro para teste, sem realmente conseguir contato com Hector.... - Disse o Diretor Willians sem completar a frase e o raciocínio.

– A não ser que pegamos alguém de dentro, alguém influente e próximo o suficiente dele para que faça a cabeça dele, para que o convença de que realmente somos confiáveis.

– Isso mesmo, agora pegamos o desgraçado. - Ele disse, se dirigindo a porta.

– Continue assim querida, mas com cautela e atenção, assim que resolver o que fazer com os garotos me avise. - Ele disse, saindo da sala.

Então me virei para minha mãe e perguntei:

– Cadê meu pai?

– Em casa, estava com uma enxaqueca enorme depois que você sumiu, ele ficou em casa, preocupado. - Ela disse e veio até mim, me deu um beijo na testa e enlaçou seu braço no meu, nos guiando até a porta.

– Não queria deixá-los preocupados, bater a moto em um trem é realmente ridículo. - Eu disse rindo, caminhando para fora com ela.

– Não tinha como você adivinhar... agora vamos para casa querida.

Eu não disse nada, só fomos juntas para o subsolo, ela pegou o carro, sentei ao lado do banco do motorista e fomos em direção á nossa casa, finalmente.

   

                                      💚

Oi! Não se esqueçam do votinho por favor, essa fanfic tá sendo muito importante pra mim..
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Drive Insane (Jikook)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن