Capítulo 17

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Natasha's POV

Ultimamente meus dias têm sido tão corridos que quando eu finalmente tinha um dia entediante e de folga, eu agradecia. Algo que geralmente eu reclamava, porque se tem algo que eu não esperava quando escolhi minha profissão, eram dias calmos.

Mas dado aos acontecimentos recentes, um dia calmo era tudo de bom. Wanda passou os últimos três dias me obrigando - não foi preciso pedir mais de uma vez - a dormir com ela. Ela me buscava no batalhão sempre que podia e me deixava lá na manhã seguinte, me pedindo um milhão de vezes para tomar cuidado e evitar de tentar me matar. E ela só me permitia sair de seu carro depois de eu prometer tudo isso mais de cem vezes. E então selar a promessa com um beijo.

— Promete que não vai entrar em um prédio que você não deixaria um amigo seu entrar. - Ela insistiu depois da décima quinta promessa. Eu poderia achar aquilo chato, mas eu amava como ela se preocupava e eu sabia o quanto tinha sido difícil pra ela assistir a cena em que eu entrava em uma escola caindo aos pedaços e quase não saía pra contar a história.

— Eu prometo, Wan! Prometo não tentar me matar, prometo só entrar quando o chefe permitir, prometo me cuidar. Prometo tudo.

— Me desculpa, é só que...você sabe..

— Eu sei, amor. E eu amo que você se preocupe comigo, assim como odeio que você tenha visto aquilo. - Beijei sua mão, ouvindo ela suspirar.

— É claro que eu me preocupo, eu te amo, sua besta! - Eu sorri, acho que sempre sorriria quando sua voz proferisse aquelas três palavras. — Vai la antes que eu te prenda nesse carro e não deixe mais você sair.

— Agora não sei se quero sair. - Wanda sorriu e selou nossos lábios. — Tchau, meu bem, bom trabalho!

— Bom trabalho, se cuida! - Deixei um último beijo em seus lábios e sai do carro, vendo-a arrancar assim que passei pelos portões da garagem do batalhão.

As vezes eu me sentia uma criança sendo deixada na escola, era um tanto engraçado pensar nisso. Mas jamais reclamaria, além de poupar gasolina, ainda ficava mais tempo com Wanda. Resumindo: só vantagens.

Os últimos três dias tem me rendido momentos únicos, como o momento que Louis me fez viver o momento mais feliz da minha semana.

Wanda e eu tínhamos acabado de chegar em sua casa depois de buscarmos as crianças. Ela tinha passado no batalhão pra me buscar e eu acabei saindo da forma que estava, além do uniforme, tinha o capacete na cabeça, então acabei deixando-o em uma cadeira no seu quarto, pra não me esquecer no dia seguinte.

Wanda estava terminando de fazer o jantar enquanto eu arrumava a mesa e brincava com Rose que estava em sua cadeirinha.

— Mamãe, olha! Eu sou a Nat! - Louis adentrou a cozinha com meu capacete, três vezes maior que ele, arrancando uma risada minha e de sua mãe.

— Você tá lindo, pequeno! - Ela falou, assim que ele se aproximou dela.

— Nat, um dia você tem que me levar pra conhecer o caminhão! Eles são grandões! - Ele falou animado, já tinha me falado sobre querer conhecer o batalhão antes, mas nunca tive a oportunidade de levá-lo. Não ainda, pelo menos. — Esse capacete é pesado, como você consegue?

— Bom, eu sou um pouquinho mais alta e mais forte que você, mas quando você crescer, esse capacete não vai pesar nadinha! - Era uma mentira deslavada, o capacete era pesado, mas nada comparado ao resto dos equipamentos, porém Louis não precisava saber disso.

— Quando eu crescer, eu vou ser igual você? - Ele perguntou.

— Quando você crescer, você vai ser o que quiser ser, inclusive igual a mim. Se for da sua vontade, eu e sua mamãe apoiaremos você, não é, Wan? - A Maximoff mais velha assentiu, recebendo um abraço animado do pequeno.

FIREFIGHTER - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora