A vida da maior patinadora de Nova York, Daisy Miller muda drasticamente após um acidente que ocasionou a morte de seu irmão gêmeo e da sua mãe.
Enquanto os parentes de Daisy disputam pela sua custódia, a garota ficará na casa dos Walters até que a...
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Isaac Garcia
[8 anos depois]
Sinto a brisa quente bater em meu rosto, solto um suspiro de alívio. Fecho os olhos, me permitindo aproveitar a calmaria do momento.
Sorrio ao sentir a cabeça de Daisy encostar em meu ombro. Ficamos em silêncio por um bom tempo, sentados na grama, ouvindo apenas o canto dos pássaros soar como uma linda música.
O parque está extremamente calmo hoje, mais do que sempre esteve. Isso me deixa um pouco confuso, é estranho não ver as famílias reunidas em um piquenique durante a primavera aqui.
— Estava com saudades. — quebro o silêncio
— Também estava. — ela diz e se aconchega em mim
Hoje é aniversário da Daisy, ela voltou para Nova York ontem com Lee para comemorar seu dia conosco. Faz duas semanas que não os via, meu peito já doía de tanta saudades.
Os dois estavam no Japão, se preparando para os jogos olímpicos que acontecerá no início do próximo ano. Daisy competirá na modalidade de patinação artística, enquanto Lee competirá no skateboarding.
— Tenho um presente para você — abro os olhos ao me lembrar
— Outro? — Day sorri — Mas você já me deu quatro presentes, papai.
Apenas sorrio de canto e me levanto para pegar a caixinha que deixei guardada na minha bolsa de costas.
Ao pegar, me sento ao seu lado novamente com o objeto em mãos.
— O que é isso? — a garota arqueia uma de suas sobrancelhas
— Abra, filha. — digo ansioso
Ela puxa a fita azul da caixa e a abre. Seus olhos arregalam ao ver o que era, enquanto os meus ficam marejados.
— Nunca tive oportunidade de entregar essa caixa para a sua mãe. — minha voz falha um pouco e me seguro para não chorar — Agora isso pertence a você.
Percebo que a mão da garota treme um pouco ao pegar minha foto com Daisy, tirada em 2022, na noite onde nos beijamos pela segunda vez.
Observo meu rosto juvenil da época, minha língua minimamente para fora, imitando a garota que estava com a cabeça deitada em minhas pernas.
