Capítulo 10

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Ao alvorecer de um novo milênio, os anos 80 precedeu em um período de variáveis mudanças, principalmente no mundo dos negócios. Empresas antes consideradas pequenas e minúsculas, se tornaram gigantes e intocáveis. A ganância se tornou a regra do jogo e está regra nunca terá mudado.

Em Abril de 1980, a professora infantil Mildred Draytons e o ex- vendedor de artigos esportivos, agora, atualmente psiquiatra, se tornaram bilionários em tempo recorde ao fundar a "Dominus Corporation". O preço unitário de suas ações subiu de 100 dólares para 2,7 bilhões em apenas 18 meses.

Em dois anos, " Dominus Corporation " cresceu para se tornar uma rede de programas extensa, crescendo para se tornar uma rede de programas influentes. A empresa já possuía investidores e empregados. CEOs da "velha economia" testemunharam o colapso de seus impérios, o casal Draytons se aposentou após 37 anos, discretamente se refugiando em Dark Garland. Tudo estava mudando.

Todos da comunidade de Dark Garland são aristocratas que possuem como filosofia o lema da Dominus. O programa é inicialmente apresentado como uma oportunidade de vida, transformando aqueles em situações degradantes, mas, na realidade, quando eles se escrevem, já são colocados em lares que buscam subjugar e controlar aqueles que são considerados periféricos pela sociedade.

Foi uma época empolgante e perigosa para o casal criador da ideia de dominação. Ambos reverenciados como divindades, sua influência é vista como divina, moldando a comunidade à sua imagem. Mesmo aposentados, Mildred e Doom mantêm se ativos, supervisionando a empresa. Dark Garland, cultivam sua filosofia com a manipulação em lares adotivos, escolas e programas voltados para os "invisíveis" socialmente.

O principal edifício da Dominus é um prédio cinzento e chapado de 25 andares, acima da rua principal. Ele destaca uma fachada, com as palavras do lema do estado, " Ordem, disciplina e respeito".

A sala dos Draytons dava para o sul, onde obtinha grandes vidraças enormes, fazendo o calor tropical entrar pelas janelas. Havia um grande sofá no centro, da marca Ralph Lauren, de um estofado de listras azuis e brancas. Todas as blusas dos trabalhadores eram de tonalidade bege, a luz dos andares eram brancas, mortais e aspectrais, lembrando muito as de hospitais. Os 25 andares, eram divididos em escritórios, berçários, salas de reuniões, salas de cirurgia, refeitórios e espaços de descanso e fábricas. São prédios horríveis dos anos sessenta, com janelas limpíssimas e escadarias cobertas por uma escuridão assustadora.

As esteiras de drogas de lactação, são localizadas nos confins da área leste, do prédio principal. Os vários corredores, levam as salas de produção, onde há gigantes tanques de armazenamento de líquidos brancos, ocupando grande parte do espaço, enquanto há tubulações complexas que se conectam às máquinas que processam e refinam às substâncias desconhecidas, que fazem os medicamentos. Aonde em seguida são embaladas, e enviadas às farmácias, sendo revestidas por frascos de plásticos de um laranja opaco.

Todas as manhãs, a matriarca consumia as pílulas que produziam sua futura lactação, e os resultados começavam a surgir. Seus seios estavam um pouco inchados e doloridos, algo que não ocorria desde sua menopausa. Ao acordar, suas blusas estavam molhadas, grudadas em suas mamas, que ao limpar, liberavam um líquido melado e esbranquiçado. Mantendo-se escorada sobre o balcão da cozinha, lia o jornal com uma das mãos livres, enquanto a outra, bombeava o seio grudado na bomba automática.

O jornal amarelado descrevia os acontecimentos da noite anterior. O título em negrito sublinha a fuga de um jovem. A máquina de retirar leite emitia um suave zumbido mecânico, pontuado por um som constante, acompanhando com a expressão de leve incômodo de Mildred enquanto ela manuseava a máquina. O ambiente silencioso da sala era interrompido apenas pelo som dos passos de Doom, que descia as escadas.

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