CAPÍTULO 2 - Uma Caçada em Cima de Outra

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(1 MÊS ANTES... 24/08/2010)
(Langford’s Pub – Wisconsin EUA 10:00AM)

“Encontrou alguma coisa?” Dean arqueou as sobrancelhas perguntando seu irmão logo a frente. Porém, não obteve resposta pela alta concentração dele e seus lábios lendo alguns noticiários e endereços suspeitos através do leptop. “Chamando Sammy para o planeta terra!” Dean bateu algumas palmas e estalou os dedos na direção dele que se dispersou. “Não, nada.” Sam suspirou fundo batendo com os dedos em sincronia na mesa. “Hum...” Dean se esticou na cadeira frustrado, mas acabou ficando super animado com o seu banquete, sendo colocado sobre a mesa por um garçom. Dean lambiscou os lábios e esfregou as mãos. Fez reverência mesmo sentado e tratou logo de pegar uma das batatas fritas dando uma mordida. “Maravilha, comida de macho! Batata frita, coxas de frango, pernilzinho, costeleta, pão com bastante alho e cebola e a minha vida...” Dean suspirou fundo satisfeito pegando a garrafa sobre a mesa e a abriu. “Cervejinha!” Deu um gole.

“Meu Deus...” Sam ficou boquiaberto com a grande quantidade de comida e arregalou os olhos ao ver o irmão agarrar a costeleta com as mãos e rasgar a carne com os dentes. “Estou vendo que não vai morrer por causa do sobrenatural, mas pelo colesterol alto.” O rapaz de cabelos compridos fez uma cara de nojo, quando o mesmo abriu a boca caindo pedaços de carne no prato semi mastigados. “Pelo menos não vou morrer igual a você, igual uma mocinha.” Dean lhe jogou uma piscadinha falando de boca cheia. “E ala, chegou à comidinha da Cinderela!” Dean riu abafado, enquanto a bandeja foi posta na frente de Sam. “Idiota.” Sam revirou os olhos pegando uma fatia de pão integral e passou no molho branco que estava na tigela ao lado do suco de laranja. Dean franziu o cenho terminando de engolir o pedaço de carne, e antes que o irmão começasse sua refeição, deu um arroto que ecoou o estabelecimento inteiro. “Cara, você é realmente insuportável.” Sam colocou o pão no prato novamente, enquanto o loiro começou a rir da situação. “Ahh desculpa, se não tenho bons modos, princesa.” Dean pegou uma das coxas, dando uma mordida e completou com um gole na cerveja. Estava tranquilo, até perceber de fato o molho no pão que o irmão estava prestes a comer. “Que nojo... isso parece cocô de pombo.” Dean fez um olhar enojado. Sam é claro, colocou o pão novamente no prato, sentindo seu estômago embrulhar, após aquele comentário desagradável. “Eca, aquilo ali é alface? Hum... almoço de pombo.” Dean prendeu a risada, ao ver Sam empurrar a bandeja pro lado e voltar sua atenção pro leptop.

“Ok, já que não encontrou nada, vamos do meu jeito mesmo.” Dean deu de ombros lambiscando os dedos. “Já disse que não.” Sam fechou o leptop dando um gole no suco. “Sammy, aceita. Esses caras são mais camuflados que suas cuecas da Celine Díon.” Dean colocou uma batata frita na boca. Sam é claro, revirou os olhos após a comparação desnecessária do nosso winchester. “Ela não tem culpa de nada. É apenas uma vítima de tudo isso.” Sam encruzou os braços. “Olha aqui... não vou matá-la. A não ser que ela venha pra cima de mim. Nesse caso, antes ela doque eu.
Tô nem aí que morra e vai pro inferno.” O winchester passou pros pães pegando alguns de dentro da bandeja. “Dean...” Sam se levantou colocando o dinheiro na mesa, pegou o leptop e foi até o irmão o levantando da cadeira pela camisa. “O que pô? Oxe, minha comida! Perai, rapaiz! Meu pernil!” Dean se revoltou tentando alcançar o pedaço de carne na bandeja. “Estou fazendo um favor pro seu colesterol. Além do mais, temos um caso pra resolver.” Sam saiu puxando o winchester pra fora do estabelecimento. Ao chegarem no carro, Dean deu uma freiada com os pés, como se estivesse esquecido algo. “O que foi agora?” Sam franziu o cenho confuso. “Esqueci meu distintivo falso debaixo da garrafa de cerveja.” Dean balançou a cabeça algumas vezes. “Tá bom, vai buscar, te espero aqui.” Sam colocou as mãos por dentro dos bolsos da calça. O winchester mais alto rodeou para a porta ao lado do banco do motorista, abriu e entrou a fechando. Após alguns segundos, se virou para trás, avistando uma garotinha de cabelos claros um pouco abaixo dos ombros, olhos azuis, com certeza não tinha mais que 8 anos, algemada na porta e com um tampão na boca.

Blind Love's Shadows (SUPERNATURAL) [Em Andamento]Where stories live. Discover now