"E ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa tud...
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Aurora Ferreira
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Estava no meu quarto fitando o teto. O beijo que rolou entendo Theo e eu está na minha mente. Eu sei que fui um idiota de ter falado aquilo pra ele. Mas, eu já sofri demais em relacionamentos, que não sei se tenho mais forças —— vamos dizer assim —— pra amar alguém novamente como mereça. E o pior, é que eu comecei a gostar daquele imbecil. Raiva! Enfio a cara do travesseiro para abafar meus gritos.
— Aurora, por quê você é assim, em ? – me levanto da cama frustada e faço minha rotina de toda manhã. Desço as escadas e encontro a minha mãe entrando na cozinha. Pensei que ele estaria na casa dos Costas. Assim que ele percebe a minha presença no cômodo, a mesma fala:
— Pode falar que eu já sei de tudo! O Theo me falou o que aconteceu nessa madrugada entre vocês!
Aquele linguarudo.
— Ah mãe, eu não quero falar sobre isso!
— Minha filha, por quê ficar fugindo desse sentimento ? Vocês se gostam! Não tem nem como esconder. Se dê uma oportunidade. Nem todos os homens são iguais! Eu sei que você sofreu por causa do seu ex mas, não vale a pena se privar. Você merece ser feliz!
— Eu vou pensar, tá legal ? Agora, a senhora tem como pegar uma mochila e colocar alguns alimentos ? Eu pretendo ir lá na chácara, para ficar um pouco sozinha!
— Tudo bem, querida! Pense no que eu falei.
Assinto em concordância e ela faz o que eu pedi. Tomo meu cafe da manhã, e assim que termino subo para o meu quarto pra arrumar minha mochila com algumas peças de roupa. Visto uma calça para que eu pudesse cavalgar tranquilamente, e desço as escadas indo até a cozinha para pegar a mochila com os mantimentos. Me despeço da minha mãe, pego o meu celular e o carregador, e saio indo até os estábulos.
No caminho, vejo um cavalo à solta. Porém estanho, porque essa é a égua do Theo. Por quê ela está solta e selada ? O animal me ver, e vem até mim afobada.
— Calma garota, calma – acaricio seu focinho, mas ela bate a sua pata esquerda no chão — O que aconteceu ? – ela faz gestos como se quisesse me levar até um lugar. Tranquilizo um pouco a égua, amarro a mochila de mantimentos na sela, e monto — Vamos lá garota, pra onde você quer me levar ?
Seguro a rédea, mas ela quem faz o percurso. O curioso é que estamos indo pelo mesmo caminho onde fica a cabana. Quando estávamos muito longe da fazenda, vejo alguém sentado embaixo de uma árvore, quando eu vejo quem era e o estado que ele se encontrava, meu coração se aperta. Faço com que a égua ande mais rápido, e desço rapidamente quando nos aproximamos do Theo. Oh, meu Deus!
— Theo! – eu o chamo mas é vão. Olho ao lado do seu abdômen e estava sangrando, levanto um pouco a camisa e vejo um pedaço de uma madeira. Felizmente, não é tão grosso — Merda! Theo, pelo amor de Deus! Abre os olhos... – dou alguns tapinhas em seu rosto, e logo ele abre os olhos. Graças a Deus!
— Aurora ? Meu Deus!
— Olha, tem uma cabana aqui perto. Mas eu preciso que você me ajude, Theo. Eu tenho que colocar você em cima da Arizona, okay ? Mas pra isso preciso que me ajude.
— Eu vou tentar! – fala com um pouco de dificuldade.
Deixo minha mochila com minha roupas no chão. Pego a Arizona e faço com que ela deite para que eu pudesse colocar Theo em cima dela, felizmente ela não dificultou. Apoio o corpo do Theo no meu e com cuidado coloco em cima da égua. Minutos depois eu consigo finalmente, Arizona se levanta devagar. Pego minha mochila que estava no chão colocando em minhas costas, logo uma garoa cai do céu. Que ótimo!
Vai começar a chover!
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